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Lisboa Gastronomia, um cantinho de Portugal em Curitiba
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O Bacalhau com natas tradicional , o campeão de pedidos entre os clientes do Lisboa Gastronomia. (Foto/ Anacreon de Téos)

Bolinhos de bacalhau, irrepreensíveis. (Foto/ Anacreon de Téos)

A casa é pequena (48 lugares), aconchegante e linda. O recinto nos remete a qualquer canto de Portugal e os aromas que chegam da cozinha comprovam a atmosfera. O Lisboa Gastronomia tem a alma portuguesa e o encanto desses sabores incomparáveis.

Originalmente aberto em Guarapuava, em 2002, migrou para Maringá e chegou a Curitiba em 2008, inaugurando, discretamente, num ponto na Rua Brigadeiro Franco, que passou a ser conhecido e divulgado pelos apreciadores da boa gastronomia. Desde 2012, porém, o restaurante está estabelecido na aprazível casa da rua Princesa Izabel, mantendo a fidelidade ao tradicional cardápio luso – mas com o direito a alguns voos de inspiração do chef Manuel Pedro, responsável pela cozinha da casa.

Siri na manga, uma novidade que não tem sotaque português, mas que é muito saborosa. (Foto/ Anacreon de Téos)

Como o Siri na manga (R$ 32, 2 unidades), surpreendente combinação de sabores que nada têm a ver com Portugal, mas que se integram ao clima da casa com a maior naturalidade. A carne do siri, bem temperada e refogada, é colocada sobre meia manga assada e tudo é finalizado no forno, com um toque gratinado na apresentação.

Mas é claro que não falta o Bolinho de bacalhau (R$ 11), aí sim, tradicionalíssimo, preparado apenas com bacalhau do Porto, batatas e especiarias e, seguramente, um dos melhores da cidade.

Há outras propostas de entrada, como a Salada lisboeta (R$ 50), com grão de bico, bacalhau desfiado, azeitonas, alcaparras, salsinha e tudo regado ao melhor azeite de oliva. Serve bem duas pessoas, tanto quanto a Salada de bacalhau desfiado (R$ 50), feita com bacalhau desfiado, alcaparras, azeitonas pretas, tomates concassé, finalizada com molho de limão e azeite.

Bacalhau à Gomes de Sá, o mais tradicional de todos. (Foto/ Anacreon de Téos)

Entre os pratos principais o bacalhau, é claro, é a grande estrela. São treze opções, que vão desde as tradicionais dos cardápios portugueses até as criadas na casa, como o Bacalhau à chef Lena Gomes (R$ 132) – posta de bacalhau empanada e frita, com refogado de cebola ao vinho do Porto, com pimentão, alho picado, tomate e couve no vapor, acompanhada de fatias de pão frito no azeite de oliva, alho e azeite – ou o Bacalhau à camaresca (R$ 166), concebido pelo chef Manuel Pedro e que vai à mesa com a posta de bacalhau grelhada no azeite, com cebola, pimentão vermelho, cogumelo paris, pimenta de cheiro ao bechamel e camarões na manteiga, coberto com lençol de finas fatias de batatas gratinadas com queijo tipo Grana Padano.

Mas na hora de pedirmos, as sugestões da casa foram aceitas e ficamos com o ícone Bacalhau à Gomes de Sá (R$149, com R$ 87 a ½ porção) – que é o mais caseiro de todos, o bacalhau em lascas, batatas, cebola, pimentões verde e vermelho, azeitonas, ovos cozidos, salsinha e alho – e o campeão da casa, o Bacalhau com natas tradicional (R$149, com R$ 87 a ½ porção) – bacalhau em lascas, servido em panela de barro, com finas fatias de cebolas douradas no azeite, molho branco, nata fresca com finas fatias de batatas pré-fritas, finalizado com queijo Grana Padano.

Há opções de carne, sim, porque sempre num grupo de aficionados do bacalhau ou de peixes tem alguém que só come carne vermelha – e essas alternativas já são regra em restaurantes desse tipo, para garantir a freguesia. E pelo que o pessoal da casa informou, o Mignon à chimichurri (R$ 61) – pela de mignon grelhada ao molho de “ervas portenhas”, batatas em rodelas salteadas na manteiga e salsinha – está entre os pratos que mais saem. Há também outras sugestões, inclusive de um Parmegiana do chef (R$ 140, duas pessoas).

Pastel de Belém, sobremesa clássica. (Foto/ Anacreon de Téos)

De sobremesa, algumas obviedades que todos oferecem, independentemente da nacionalidade e que já viraram instituições, como Petit gâteau (R$ 35) – com uma versão diet a R$ 39 -, Crème brûlée (R$ 39), Creme papaia com cassis (R$ 29) e Merengue de frutas vermelhas (R$ 28). É para aqueles que sempre pedem as mesmas coisas, estejam onde estiverem, imagino, pois o que há de melhor e mais significativo são mesmo os doces portugueses e o Lisboa oferece quatro deles: Pastéis de Santa Clara, Pastéis de Coimbra, Pastéis de Belém e Toucinho do céu. Cada um deles a R$ 12.

Pastel de Santa Clara, referência dos doces conventuais. (Foto/ Anacreon de Téos)

A carta de vinhos é curta, todos eles da importadora Porto a Porto, mas o restaurante não cobra rolha e até mesmo incentiva e recomenda aos clientes que levem seu próprio vinho, devido às absurdas taxas impostas pelo governo do Paraná, que são as mais altas do Brasil para o segmento e levam a impressionantes 62% de impostos sobre os produtos, tornando-os praticamente inviáveis (aliás, estão ficando inviáveis inclusive para as importadoras, que articulam movimento para tentar fazer o governador recuar na cobrança exagerada) para consumo no local.

O serviço é atencioso, o ambiente convidativo e a comida de primeira. Todos os ingredientes necessários a momentos inesquecíveis para o paladar e para a vida.

O Lisboa Gastronomia funciona de terça a sábado, das 19h às 24h. Aos domingos e feriados, almoço das 12h às 16h.

O ambiente intimista do salão do Lisboa Gastronomia. Convite ao bem-estar. (Foto/ Anacreon de Téos)

A simpática e convidativa fachada do Lisboa Gastronomia., na Princesa Izabel. (Foto/ Divulgação)

Lisboa Gastronomia

Alameda Princesa Izabel, 420 – Mercês

Fone: (41) 3078-7117

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E-mail: a-teos@uol.com.br

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