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O talento de uma jovem chef na renovação de cardápio do Officina Restô Bar
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O Ceviche do Officina Restô Bar já atrai a partir do visual, na criação da chef Laura Mocellin. (Foto/ Ricardo Chatagnier)

Pupunha com manteiga de limão siciliano, molho pesto e farofa crocante. (Foto/ Ricardo Chatagnier)

O Officina Restô Bar, aquele simpático barzinho (dá pra chamar assim sem diminuí-lo, certo?) ali pertinho da Praça da Espanha, está de chef nova. E ponha nova nisso. Laura Mocellin tem apenas 21 anos e já está à frente da cozinha do estabelecimento, que prima pelos inspirados drinques e pela boa gastronomia.

Esta é a primeira vez que a jovem cozinheira, que largou o curso de Direito um ano antes de completá-lo para dedicar-se de corpo e alma à alquimia das panelas. A história dela é praticamente a mesma de tantos outros profissionais da área. Começou ainda na adolescência a fazer alguns pratos para os amigos, aos 17 anos sentiu que era o caminho que pretendia trilhar, mas, ainda assim, cedeu à pressão do sistema e entrou no curso de Direito.

Ainda cursando a faculdade, Laura começou a dar umas escapadinhas entre as panelas alheias e, além de trabalhar no Atelier Bistrô, no centro da cidade, começou a fazer eventos, que foram se encorpando e ganhando mais lastro à medida que aconteciam. Daí para abraçar de vez a carreira foi apenas um passo natural.

A jovem talentosa chef Laura Mocellin, estreando na cozinha do Officina. (Foto/ Ricardo Chatagnier)

Adepta da gastronomia contemporânea, a jovem chef circula entre a cultura nacional e as referências internacionais, sempre dando uma atenção especial à apresentação dos pratos. Diz gostar de brincar com sabores, cores e texturas, sempre atenta ao que se faz pelo mundo, mas com uma queda pela culinária francesa, tanto pelas técnicas como pelo tempero.

O objetivo dela é dar uma assinatura gastronômica para o Officina Restô Bar, da mesma maneira que os drinques criados pelo bartender Diego Bastos construíram o perfil da casa como um dos pontos de referência para os coquetéis em Curitiba.

E foi numa noite dessas que tive a oportunidade de experimentar uma fusão dos dois talentos. Ou seja: degustar os pratos de Laura Mocellin harmonizados com os drinques de Diego Bastos. Já de pronto a dificuldade em escolher entre as duas propostas de entrada, a Pupunha com manteiga de limão siciliano, molho pesto e farofa crocante (R$ 29) e o Vol au vent de camarão (R$ 29), que, no cardápio vem com a definição: “vulgo massa folhada”. Optei pelo segundo e não me arrependi. Massa crocante, assada no ponto e um recheio delicado (como é a marca da cozinheira), bem úmido e saboroso. A combinação com coquetel era o Sbagliato, que eu, como bom apreciador de Negroni, não hesitei em pedir. Em relação ao clássico drinque, troca o gin pelo espumante, mantendo o vermute tinto e o Campari. Não é criação de Diego, é italiano por origem, mas foi muito bem executado pelo bartender.

Nhoque com manteiga de sálvia na cestinha de parmesão. (Foto/ Anacreon de Téos)

De prato principal pedi um Nhoque com manteiga de sálvia na cestinha de parmesão (R$ 39), gostoso, correto, embora sem novidades. Mas confesso que fiquei de olho nos companheiros de mesa que pediram o Ceviche com crispy de batata doce (R$ 31). O visual era incrível, pois ele vem servido dentro de um meio coco fresco. A batata, como diz o nome do prato, não vem pedaçuda e sim em finas tiras crocantes. E aí, consumido o prato, a turma da mesa não resistiu e pediu para quebrar o coco, aproveitando para comer os pedaços. Houve quem pedisse também o Risoto de picanha com cebola crocante (R$ 45), também aprovado.

Na harmonização do prato principal, o melhor drinque da noite: Basil Mint Spritz – Gin Tangueray, xarope artesanal de maçã e limão, manjericão e hortelã. Na medida.

S’Mores, sobremesa para quem gosta de doce bem doce. (Foto/ Anacreon de Téos)

De sobremesa, S’Mores (R$ 31) – lembrei-me dos elepês do Ray Conniff e seus títulos começando com S’ -, combinação doce (bem doce) de chocolate, merengue e com marshmallow de crosta queimada. E o drinque final foi outro clássico, o Daiquiri – rum branco, suco de limão e xarope de açúcar.

Além da boa comida, o local tem um visual incrível, modernoso, com milhares de lâmpadas penduradas, fazendo a decoração do teto. Algumas delas até funcionam, para iluminar a casa, mas o conjunto todo é realmente chamativo. Boa pedida, desde o Happy hour – a casa abre às 18h – ou para tarde da noite, pois embala até à 1h.

Risoto de picanha com cebola crocante. (Foto/ Anacreon de Téos)

Vol au vent de camarão. (Foto/ Ricardo Chatagnier)

Officina Restô Bar

Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 1154 – Bigorrilho

Fone:(41) 3402-0986

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