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Simples Assim, um bar gourmet como poucos
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O Simples Assim lembra um pub europeu e prima pelo ótimo atendimento, variedade de cervejas e uma comida de primeira. (Foto/ Divulgação)

Glaci e Gui De Rosso, família unida para o melhor resultado do bar. (Foto/ Anacreon de Téos)

Já se foi o tempo em que boteco era só local pra beber. No máximo, para acompanhar, vinham aquelas frituras bem engorduradas ou os clássicos rollmops e conserva de ovo. Faz tempo mesmo, muito tempo.

De uns anos para cá não adianta apenas abrir um bar. É preciso saber atrair os clientes não só pela oferta de bebidas, mas principalmente pelas propostas de sabores. E aí, pela necessidade de uma cozinha inspirada, aquele espaço apertado e nem sempre recomendado pelos cuidados com a higiene foi substituído por modernas cozinhas, pilotadas por cozinheiros tarimbados ou por chefs de cozinha de carreira.

Caso de Guilherme (Gui) De Rosso, que um dia largou a engenharia para mexer no fogão. Formado pelo curso de Chef de Cuisine – Restaurateur do Centro Europeue com especialização no Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), da Itália, posteriormente, concluiu o curso de sommelier de cerveja na Universidade Positivo.

Pois após alguns anos na Europa e experiências em restaurantes com estrelas do Guia Michelin, Gui retornou para o Brasil para tirar do papel o projeto do Simples Assim, bar de Curitiba – com visual que lembra alguns europeus – que oferece releituras de comida de boteco, cervejas artesanais e cachaças especiais.

Isso já foi em 2013, quando as portas foram abertas e as primeiras experiências apontaram para o sucesso no futuro. Estive lá, dias atrás, e fiquei encantado. A começar pelo ambiente, bem despojado, ligado à cerveja e aos esportes, que se completa com o atendimento afetuoso de Glaci (mãe de Gui), que é quem toma conta do bar) e de garçons muito bem preparados para vender o que se produz na casa.

Ceviche tropicaliente, um toque autoral no clássico sul-americano. (Foto/ Anacreon de Téos)

O cartão de visitas já veio com o Ceviche Tropicaliente (R$ 29,00), que dá para se entender como uma livre leitura do prato criado no extenso litoral sul-americano do Pacífico (onde, por lá, também sofre variações de país para país). Leitura muito bem feita, com sotaque nacional, preparado com a nossa tilápia brasileira, marinada em limão, maracujá e laranja, complementada por batata doce caramelizada e chips de banana da terra.

A seguir veio uma Carne de Onça (R$ 31,90) diferenciada do que se tem por aí. Quer dizer, bem tradicional, feita na hora pelo chef, sobre fatias de broa preta e com tempero minimalista, que é como o prato exige, apenas com cebola, cebolinha e um pouco de mostarda preta por cima. Quis dizer diferenciada do que normalmente se serve por aí, por nada ter a ver com alquimias não tão recomendáveis à essência do prato (ovo, rum, cachaça, ervas…) e que se aproximam mais de outras experiências com carne crua, como Hackpeter e Boeuf Tartar.

Carne de Onça irrepreensível, sem as afetações da maioria que se vende na cidade. (Foto/ Anacreon de Téos)

Entre as porções, o cardápio ainda oferece, entre outros, Bolinho Blumenau (de arroz integral e linguiça Blumenau, R$ 25,90 – 6 unidades), porção de fritas e uma das favoritas dos clientes da casa, Batata frita quatro queijos e orégano flambada (R$ 33,90), que serve até três pessoas.

Há também as chapas, também muito concorridas. Tem uma que se chama Tábua 3 mosqueteiros (R$ 53,90), com tiras de alcatra, linguicinha, mandioca frita e queijo coalho, acompanhada de vinagrete e farofa – que também serve bem três pessoas.

Ainda é possível pedir sanduíches, pastéis, saladas, polentinha, aipim e, para acompanhar, mais de 50 rótulos de cervejas especiais, entre importadas e as saborosas locais, como Way Beer, Wälls, Dum, Coruja, Colorado e BodeBrown; e mais de 20 cachaças dos estados do Paraná, Minas Gerais, Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul. O chope da casa é da Way Beer, em todas as suas variações.

Também é possível beber cervejas da linha comercial, uma boa gama de destilados e os coquetéis preparados por Glaci, com destaque para as caipirinhas tradicionais (de sabores variados) e as especiais, com nome de personalidades da música nacional, como Tom Jobim, Noel Rosa e Vinícius de Moraes.

Mineirinha, a combinação goiabada com queijo em uma das sobremesas da casa. (Foto/ Anacreon de Téos)

Para quem imagina não ser possível em um boteco, a casa oferta duas sobremesas. A Mineirinha (R$ 18,90) tem sorvete artesanal italiano de requeijão com calda de goiabada flambada na cachaça. Muito saborosa, Romeu & Julieta estilizado. A outra é a Fragola S/A (R$ 17,90), com morangos cortados, suspiro triturado, creme de leite e raspas de chocolate meio amargo. Vem acompanhada de um tablete de Kit Kat (para adoçar sua vida, segundo o cardápio).

A casa funciona de terça a quinta, das 18h às 0h30. Nas sextas e sábados, das 18h às 1h30. De quinta a sábado com música ao vivo.

Ah, sim. Como bom boteco, tem Rollmops (R$ 3,90), sim senhor.

O aconchegante espaço interno do Simples Assim. (Foto/ Anacreon de Téos)

Tábua 3 Mosqueteiros, uma das chapas mais concorridas do bar. (Foto/ Divulgação)

Batata frita quatro queijos e orégano flambada, a favorita dos clientes. (Foto/ Divulgação)

Simples Assim

Rua Ângelo Sampaio, 1671 – Batel

Fone (41) 3016-6610

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