As operações de compra e venda de imóveis em Maringá, no noroeste do estado, subiram 7,5% em um ano. O dado é inédito foi levantado pela primeira vez na cidade, levando em consideração os registros realizados nos quatro cartórios de imóvel do município.
O estudo Indicadores do Registro Imobiliário apontou que mais de 10,1 mil transações de compra e venda foram registradas entre maio de 2018 e maio de 2019 em Maringá, algo que a Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (Aripar), instituição que está conduzindo a pesquisa, considera um claro sinal de aquecimento do mercado regional.
Apesar do dado positivo, a instituição também chamou atenção para outros recortes do mesmo indicador. No acumulado dos últimos seis meses, por exemplo, o recuo dessas mesmas transações foi de 3%. Na comparação específica entre maio de 2018 e maio de 2019 também há um recuo de 2,5%.
O coordenador de pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) - entidade que está dando apoio técnico ao estudo - diz que este cenário é esperado.
“O que vemos em Maringá é um cenário bem parecido ao que se vê em São Paulo. Quando olhamos para 12 meses, vemos um crescimento, mas não é um crescimento monotônico, há oscilações e que são consideradas normais”, comenta Eduardo Zylberstajn.
O presidente da Aripar, Gabriel Fernando do Amaral, diz que há um movimento de crescimento gradual, com dados que não se viam desde janeiro de 2014. “O gráfico de evolução mensal dos registros demonstra que abandonamos os níveis de transferências registradas durante a crise financeira, cujo fundo foi atingido no segundo semestre de 2015”, pontua.
Estudo é esforço para melhorar posição brasileira em ranking internacional
Sendo produzido desde fevereiro, o Indicadores do Registro Imobiliário é um esforço do Ministério da Economia e associações cartorárias para melhorar a posição do Brasil no ranking de negociabilidade do Banco Mundial. Anualmente, 190 países são avaliados no relatório Doing Business, da instituição internacional. O Brasil ocupa atualmente a 109ª colocação.
Na última segunda-feira (5) aconteceu a inclusão, pela primeira vez, de uma cidade paranaense neste esforço coletivo. Até então, apenas Rio de Janeiro e São Paulo estavam avaliando mensalmente essas operações que são consideradas um retrato fiel do mercado imobiliário, investimentos e expectativas do setor. Além de Maringá, também foi incluída nesta sexta edição do indicador a cidade de Joinville, em Santa Catarina. Nos próximos meses, as entidades envolvidas no levantamento devem olhar também para Curitiba e demais cidades paranaenses.
“A publicação desses dados preenche uma lacuna de informação de forma cabal e abre possibilidades de análises para os investidores e para o poder público, seja para a realização de novos investimentos, seja para a definição de políticas públicas mais efetivas para a habitação no Estado”, resume o presidente Aripar.
-
Falta de chuva liga sinal de alerta no setor elétrico e pode mexer com conta de luz
-
Jogar tinta na urna se torna símbolo do repúdio dos russos a Putin
-
Ex-chefe do Exército diz à PF que minuta apresentada por Bolsonaro era igual à encontrada com Torres
-
Oposição aposta na pressão internacional para desgastar STF
Uber, Vale e mais: Lula amplia ofensiva sobre setor privado e liberdade econômica
El Niño deixa sua marca e atrapalha intenção de Lula de “surfar” nos méritos do agro
Lula e a crise provocada pela distribuição de dividendos da Petrobras
Gastos do governo crescem mais que o PIB há três trimestres, maior sequência desde Dilma
Deixe sua opinião