Fábrica de cerveja.| Foto: Antônio Moro / Gazeta do Povo / Arquivo
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Apenas seis das 13 atividades industriais do Paraná tiveram resultados positivos em agosto, último mês avaliado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção industrial geral paranaense caiu 1,5% em relação a julho, que já tinha registrado redução de 1% em relação a junho.

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Mesmo as atividades que cresceram tiveram índices tímidos, ficando praticamente estáveis. A produção de bebidas foi a que mais cresceu no estado naquele mês, com reforço de 0,86%. Na sequência vieram petróleo (+0,24%), papel e celulose (+0,21%), automotivo (+0,07%), máquinas e equipamentos (+0,06%) e borracha e material plástico (+0,04%).

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Para a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o crescimento das bebidas justamente no período em que a maioria dos segmentos reduziu a produção é um indício de que o setor já está tendo impacto positivo da demanda da Copa do Mundo, que nesse ano será disputada em novembro. Outro setor que aproveita esse bom momento é o de papel e celulose.

"Supermercados e demais comércios começam a aumentar o estoque de bebidas para atender à demanda maior de consumo com as festas de fim de ano e, agora, também com a Copa. E nessa mesma época, o setor de papel e celulose registra aumento nos pedidos de itens para embalagens mais elaboradas, inclusive para presentes no período natalino”, avalia o economista da Fiep Marcelo Alves.

Tendência nacional

O resultado da indústria do Paraná em agosto é ainda 2,2% menor do que do mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a julho, a produção industrial paranaense caiu 0,9%.

O Paraná acompanha a tendência nacional. A indústria brasileira encolheu 0,6% em agosto no comparativo com julho. No acumulado do ano, o país teve queda de 1,3%. Na Região Sul, só a indústria o Rio Grande do Sul cresceu de forma tímida em agosto, com superávit de apenas 0,1%.

"Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio, 80% das famílias brasileiras estão endividadas. Seja por conta dos reflexos do período crítico da pandemia, seja pela condição econômica de juros elevados ou pela queda na renda/desemprego. Isso leva a dificuldades para alavancar o consumo, principalmente de bens de maior valor", avalia o economista Marcelo Alves da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

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