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Heloísa Lochtembergh é a primeira moradora do Studio Classe A, no Biopark, em Toledo. “Tudo já está aqui dentro da mesma área, é uma praticidade muito grande”, disse.
Heloísa Lochtembergh é a primeira moradora do Studio Classe A, no Biopark, em Toledo. “Tudo já está aqui dentro da mesma área, é uma praticidade muito grande”, disse.| Foto: Divulgação / Biopark

Depois de se consolidar como um dos mais importantes parques tecnológicos do país, o Biopark, instalado em Toledo, inaugurou, no final de julho, a primeira torre residencial dentro do complexo. O objetivo é atrair tanto investidores quanto moradores, que poderão se beneficiar do completo ecossistema de inovação e empreendedorismo que já há no local.

Do ponto de vista de investimento, as perspectivas são positivas. “Há muitas empresas e instituições de ensino focadas em inovação se instalando no Biopark. A iniciativa, além de seguir um modelo diferenciado, nasceu com o propósito de ser um ecossistema adequado para todos, tanto para empresas quanto para pessoas”, avaliou Rafael Luiz Benelle, investidor no parque tecnológico.

Primeira moradora veio de Campo Mourão para Toledo estudar programação

A primeira moradora do empreendimento é a jovem Heloísa Lochtembergh. Natural de Campo Mourão, ela conheceu o Biopark por meio do namorado, que trabalha em uma das empresas instaladas no local. Para ela, que se mudou para o Studio Classe A há pouco tempo, a praticidade de se ter toda uma estrutura já estabelecida no local pesou a favor da mudança.

O objetivo dela é a formação como programadora, e os primeiros passos já se mostram bastante promissores. O curso é ofertado pela instituição própria do Biopark, conta Heloísa, e é voltado para pessoas que nunca tiveram contato com programação, mas se mostram interessadas pela área.

“Nos foi dada a base toda, desde o início, para que mesmo sem nenhum conhecimento prévio sobre programação nós pudéssemos começar essa formação. E agora, pouco mais de um mês depois, eu já me sinto muito segura em relação à didática dos professores, a como eles trabalham com a linearidade das matérias. Eu estou muito satisfeita em relação a isso. Sinto que estou aprendendo, que os professores estão dispostos a sanar nossas dúvidas. O que eles disseram que seria ofertado é realmente o que eu estou tendo nas aulas”, contou, em entrevista à Gazeta do Povo.

Índice de empregabilidade de quem estuda no Biopark é de 90%, aponta vice-presidente do parque tecnológico

Por fazer parte do ecossistema do Biopark, a jovem que já mora e estuda no mesmo local tem um grande potencial de conseguir um emprego em alguma das empresas instaladas no espaço. De acordo com o vice-presidente do Biopark, Paulo Victor Almeida, o índice de empregabilidade por lá ultrapassa a casa dos 90%. E a meta é fazer com que essa verdadeira cidade montada dentro de Toledo cresça ainda mais.

“O que nos diferencia é que essa nossa ‘cidade’ já começa de maneira realmente planejada, e esse primeiro bairro já conta com ativos ligados à moradia, educação, qualidade de vida e à geração de empregos. Diferente de outros modelos padrões de parques tecnológicos, nós trabalhamos congregando tudo isso dentro de um único território físico. Somos sim um parque tecnológico, mas temos dentro dele loteamentos residenciais, comerciais, área educacional, distrito industrial, espaços que são adaptados às necessidades da vida das pessoas”, explicou.

Empresas ajudam na formação dos estudantes

Uma das formas de garantir o crescimento sustentável do modelo de negócios é capacitar os estudantes dentro de pelo menos uma das três áreas atuais de foco do Biopark: saúde, agronegócios e Tecnologia da Informação, como detalhou o vice-presidente. Para Heloísa, o modelo dá claros sinais de que está funcionando como o esperado.

“A nossa grade de matérias tem uma disciplina de orientação para a carreira. As aulas são com uma psicóloga, que faz uma série de consultas, testes de personalidade, que nos direcionam para certas empresas aqui do BioPark. Em outras oportunidades, representantes dessas empresas vêm até os alunos para se apresentarem, para falarem sobre as propostas e a cultura dessas empresas. E todas elas são potenciais futuros empregadores. Na prática, eles estão capacitando os estudantes para poder contratá-los num futuro próximo”, disse.

Parque conta com mais de 130 empresas instaladas

O Biopark conta com 131 empresas já instaladas – 28 destas entraram no parque tecnológico entre janeiro e maio de 2022. O faturamento combinado dos empreendimentos já passa dos R$ 68 milhões. Com ritmo de crescimento intensificado, o parque tecnológico prevê que no período de um ano, 60 novos galpões industriais sejam construídos, interligando as ações de atratividade de empresas e indústrias ao desenvolvimento de pesquisas, estudos e formação de profissionais capazes de atender a demanda por inovações.

Com faturamento de R$ 10 milhões ao ano e previsão de R$ 30 milhões até o final de 2022, a empresa Ravex, do setor de tecnologia, é uma das que entrou no Biopark com a expectativa de crescer entre 5% e 7% ao ano. “A nossa vinda ao Biopark é focada em desenvolver produtos para o agronegócio. Estamos montando aqui uma equipe de programadores para desenvolver softwares com soluções para esse mercado”, explica o gerente comercial, Tailan Machado.

A Ki-Tal Alimentos, que também está entre os novos negócios do parque, quer crescer 50% até dezembro deste ano. Para o administrador Ricardo Junior, o ambiente integrado do parque, ajuda no desenvolvimento das empresas. “Para crescer, entendemos que precisamos abrir as portas para o mundo e o Biopark tem essa veia de crescimento que a gente busca. Confiamos no projeto que desenvolve as empresas por meio de networking e suporte”, explica.

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