Com um mercado logístico em alta no país, uma empresa de Ponta Grossa mira nos pequenos fretes para aumentar receita e se posicionar entre as maiores do Brasil. Neste mês, a KMM, que atua na tecnologia para gestão de transporte – mantém ferramenta que liga empresas em busca de transporte a motoristas ou transportadoras –, comprou a gaúcha Otimizy e, com isso, avança em clientes menores, além de aumentar em 55% sua base de faturamento.
Há 23 anos no mercado, a KMM aponta que seu serviço é usado sobretudo por grandes empresas, como Yamaha, Rumo, Bombril e Votorantim. A companhia quer, porém, diversificar seu público e ganhar capilaridade com clientes menores, uma área em que praticamente não atua hoje. Foi a estratégia para a compra da empresa do Rio Grande do Sul.
"A KMM, por estratégia, sempre atendeu um mercado mais prime. Sempre atendemos clientes grandes, com projetos longos e operações grandes. A gente precisava atuar também lá no pequeno. Quero estar presente desde o microtransportador até a Rumo. E eu não tinha esse know-how. Temos ferramenta, temos tecnologia, mas não tinha o know-how para saber como atender esse cara, como chegar até ele. Para acelerar isso, optamos por essa estratégia inorgânica", afirma Leopoldo Suarez, COO (papel responsável pela direção de operações) da empresa ponta-grossense.
O executivo indica ainda que mira em dois novos negócios, que devem ser concluídos ainda neste ano. Suarez não abre os números dos investimentos, no entanto.
De acordo com o COO, a empresa quer, nos próximos anos, ter seus negócios divididos em 50% a 50% entre gestão para empresas e transportadoras maiores e empresas e fretistas pequenos. Uma aposta que pode aumentar a fatia de mercado da KMM. "Considerando o mercado de transporte rodoviário de R$ 155 bilhões no Brasil, hoje movimentamos R$ 13 bilhões [no total a empresa movimenta R$ 18 bilhões, mas R$ 5 bi são de transporte ferroviário]. Isso representa pouco mais de 8% [do mercado nacional]. A nossa meta até 2024 é estar com 18% desse mercado", aponta Suarez.
A consolidação das estimativas pode colocar a KMM no top 3 em tecnologia para logística, indica o COO.
Com sede em Ponta Grossa e escritórios em São Paulo e, agora, em Garibaldi (Rio Grande do Sul), a KMM emprega 250 pessoas, a maioria na cidade paranaense dos Campos Gerais.
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