• Carregando...
Fábrica no Paraná é um player chave na revolução elétrica planejada pela montadora francesa, avalia o vice-presidente global de marca e performance de produtos da Renault, Bruno Vanel,
Fábrica no Paraná é um player chave na revolução elétrica planejada pela montadora francesa, avalia o vice-presidente global de marca e performance de produtos da Renault, Bruno Vanel,| Foto: Rodolfo Bührer / Divulgação Renault

A Renault apresentou semana passada em seminário no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo, as suas soluções de mobilidade e eletrificação veicular. A coluna Paraná S/A acompanhou com exclusividade o evento e publica nessa semana uma série de quatro reportagens sobre o papel que o complexo industrial em São José dos Pinhais terá na meta da montadora francesa de massificar os carros elétricos.

Siga as últimas notícias de negócios no estado pelo Linkedin da Paraná S/A

Entre os planos globais da Renault está o lançamento de 14 novos veículos elétricos e híbridos até 2025 e a completa transição da marca para modelos movidos a energia elétrica até o fim da próxima década. E a chave desse planejamento não só para o mercado doméstico, mas também para o mercado da América Latina está na unidade da Região Metropolitana de Curitiba.

O Complexo Ayrton Senna conta com fábricas de veículos de passeio e comerciais leves, além de linhas de produção de motores e de injeção de alumínio. E no futuro próximo podem ser responsáveis pela produção não só de veículos elétricos da Renault, como também de outros componentes dessa transição.

>> SÉRIE ESPECIAL CARROS ELÉTRICOS DA RENAULT <<

O primeiro passo foi dado no fim de junho, quando a Renault confirmou investimento de R$ 2 bilhões em São José dos Pinhais. Assim, a unidade paranaense, a única da multinacional francesa no Brasil, poderá produzir um novo modelo de SUV e um novo motor 1.0.

O investimento bilionário, o maior de todas as montadoras que atuam no estado e que também anunciaram aportes em suas unidades, também contempla a instalação de uma nova plataforma de produção, a CMF-B. A nova linha de montagem permitirá ao complexo fabricar novos produtos, bem como aumentar a eletrificação dos veículos da marca.

Planta da Renault poderá, no futuro, fabricar carros elétricos para toda a América Latina.
Planta da Renault poderá, no futuro, fabricar carros elétricos para toda a América Latina.| Marco Charneski / Divulgação Renault

O vice-presidente global da marca e de performance de produtos da Renault, o francês Bruno Vanel, confirmou à Paraná S/A o papel relevante que a fábrica paranaense tem nos planos futuros de eletrificação da frota de veículos dos países latino- americanos. Por mais que não haja uma ação imediata para a produção de carros e utilitários elétricos em São José dos Pinhais, o complexo industrial deve colaborar em breve de forma efetiva nos planos do "Renolution" (em portugês algo como "Renolução", da união das palavras Renault com revolução), a estratégia global de eletrificação da marca francesa.

Nesse cenário, aponta Vanel, o complexo paranaense pode ter papel importante não só na montagem de veículos elétricos, mas também da estrutura necessária para que esses carros rodem.

“Vejo essas fábricas desempenhando um papel muito importante. Ali poderemos desenvolver toda a infraestrutura necessária para construirmos as soluções de recarga dos nossos carros. A unidade de São José dos Pinhais também pode promover, em um nível corporativo e governamental, estratégias para que os carros elétricos sejam cada vez mais presentes nas ruas dos países da América Latina", prevê o vice-presidente global da Renault.

Exemplo de como a unidade da Região Metropolitana pode colaborar para a expansão dos carros elétricos, Vanel cita a possibilidade de fornecimento de componentes para a produção em outros países.

"A fábrica no Paraná também pode ser utilizada para incentivar a oferta local de alguns dos componentes que usamos nas nossas linhas de fabricação dos veículos elétricos na França. Então, estamos falando de ações que podem ajudar tanto na aceleração da adoção dos carros elétricos quanto na produção desses veículos”, exemplifica.

Um caso citado por Vanel seria a adoção de estratégias para viabilizar a eletrificação da frota do transporte público. A fábrica da Renault no Paraná pode trabalhar para viabilizar soluções que ajudem o poder público a reduzir a burocracia na adoção de veículos elétricos no transporte coletivo.

Presidente da Renault na América Latina, Luiz Fernando Pedrucci, afirma que unidade de São José dos Pinhais terá papel importante na massificação dos carros elétricos no Brasil
Presidente da Renault na América Latina, Luiz Fernando Pedrucci, afirma que unidade de São José dos Pinhais terá papel importante na massificação dos carros elétricos no Brasil| Rodolfo Bührer / Divulgação Renault

“Por que não? São muitas possibilidades, muitos elementos que podem ser combinados para que possamos efetivamente chegar a esse futuro que estamos apresentando aqui neste evento. Quando trabalhamos juntos, os resultados chegam mais rápido. A fábrica no Paraná é um player chave nessa revolução. Tanto que pode ajudar a acelerar os processos junto a setores que costumam ser muito morosos, como as agências governamentais, por exemplo”, pontua.

Muito mais por vir em São José dos Pinhais

Também em entrevista exclusiva à Paraná S/A, o presidente da Renault para a América Latina, o brasileiro Luiz Fernando Pedrucci, ressaltou que não é possível falar da multinacional francesa, em especial do plano Renolution, na América Latina sem se referir a São José dos Pinhais. "É nossa sede, é nossa base. Temos muita coisa acontecendo e muito mais por vir a partir da unidade de São José dos Pinhais", enfatiza.

Pedrucci reforça que o complexo industrial no Paraná terá papel estratégico assim que os carros elétricos se popularizarem mais no Brasil e nos países vizinhos. "Dentro dos investimentos recentes feitos nesta unidade está a colocação de uma nova plataforma que vai nos permitir avançar para uma próxima etapa na eletrificação da nossa linha", avalia.

"A tecnologia nós já dominamos, a capacidade de produção nós temos. Assim que os números mostrarem que o mercado de veículos elétricos no Brasil e na América Latina é viável, não há por que não pensarmos na produção local de veículos elétricos”, avalia Pedrucci.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]