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Expo Dubai
Área do Paraná Business Experience em Dubai| Foto: Divulgação/Governo do Paraná

A missão paranaense a Dubai pode resultar em bons acordos comerciais para as mais de 50 empresas do estado envolvidas no projeto. Ao longo da última semana, o Paraná ocupou o pavilhão dedicado ao Brasil na grande exposição nos Emirados Árabes Unidos e pôde mostrar, no evento paralelo Paraná Business Experience, sua produção diversificada a investidores e empresários de todo mundo, mas, sobretudo, do rico e ainda pouco explorado mundo árabe.

Entre as empresas, a comitiva estadual levou nomes gigantes e já consolidados, como a fabricante de papéis, embalagem e celulose Klabin, a cooperativa alimentícia Coamo, a fabricante de compensados Repinho e a fabricante de maquinário agrícola New Holland. Mas também formaram o grupo companhias de menor porte, mas conhecidas e com excelente mercado no Brasil ou fora, como a fabricante de chaves e cadeados Pado, a Baston Aerossois e a Aeroflex (as duas últimas se destacam no segmento de perfumaria).

Para todas, uma oportunidade de estreitar laços com um mercado cujo potencial costuma ser calculado na casa dos bilhões de dólares, mas de cujo bolo o Paraná come apenas uma pequena fatia. Segundo Eduardo Bekin, presidente da agência de atração de investimentos Invest Paraná, os negócios do estado com os Emirados Árabes, por exemplo, giram em torno de US$ 350 milhões por ano.

O número tende a aumentar no próximo ano, já que os negócios iniciados na feira devem se concretizar, de fato, nos próximos meses.

"A Expo Dubai é fantástica. Foi a maior e melhor feira que eu já fui na minha vida, sem comparações. São 192 países e você precisa de pelo menos um mês para visitar todos os estandes. Acredito que não consegui ver nem 10% da feira, um estande mais bonito e interessante do que o outro", diz Leandro Kuhn, CEO do L8 Group. Em crescimento - o grupo prevê um faturamento de R$ 350 milhões em 2021, 93% acima do ano anterior - a empresa busca fôlego internacional para avançar com seus negócios de infraestrutura para segmentos como o energético, o de internet e o de automação.

O empresário se mostra confiante com o desdobramento das negociações que começaram na última semana. "O L8 Group veio focado em novas oportunidades em sustentabilidade, inovação e integração com os países. A mensagem principal foi de seguir adiante neste novo momento, de sermos uma grande comunidade global. Voltaremos para cá em janeiro, com mais parceiros, clientes e funcionários da L8. No ecossistema da feira fizemos muitas reuniões e visitamos uma usina fotovoltaica, uma das maiores do mundo, de 390 megawatts. Também buscamos investimentos com sheiks para o Brasil, tanto na parte solar quanto na parte de de telecomunicações e informática", aponta.

Mesmo empresas de segmentos que hoje já atacam o mercado árabe avaliam a participação como um novo marco nas relações comerciais. É o caso da C.Vale, cooperativa que representa o forte setor de alimentação do estado.

“Apresentamos a qualidade que temos, que atende os mercados mais exigentes do mundo. Assim que descemos do palco, fomos chamados a uma sala de negociação. Foi um avanço bem rápido e promissor. De forma geral, eles ficaram surpresos com uma outra ideia de Brasil e, principalmente, uma ideia muito mais avançada do que é o Paraná. Não sabiam de toda a pujança e organização que existe no Estado, tanto na indústria como no agronegócio”, disse à Agência Estadual de Notícias Walter Andrei Dal´Boit, diretor da cooperativa.

Para estender essas oportunidades para além da semana de exposições, o Paraná lançou até um marketplace virtual das empresas paraenses, com informações sobre porte, área de atuação e linhas gerais de tendência de crescimento. Em parceria, governo do estado e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) também anunciaram um escritório permanente em Dubai com o objetivo de facilitar a mediação entre empresários paranaenses e investidores do Oriente Médio e países africanos.

Ambas as ações devem facilitar a meta prospectada pela Invest Paraná no início da feira: de gerar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões somente de capital privado com a participação no megaevento em terras árabes.

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