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Acabamos de falar sobre a decapitação de 70 cristãos por um grupo terrorista islâmico na República Democrática do Congo, um crime hediondo ignorado pela mídia internacional. O silêncio é o modus operandi dos grandes jornais — com a honrosa exceção da Gazeta do Povo — quando se trata de perseguição anticristã. Se a omissão ocorre nos casos de massacre físico, que diremos nos casos de perseguição cultural e judicial, dos quais temos exemplos todos os dias no Brasil?
Hoje vou falar sobre a perseguição anticristã que bateu às portas da cidade em que vivo, Londrina. Em resposta às diversas ofensas ao Cristianismo registradas nos últimos tempos, a vereadora Michele Thomazinho (PL) propôs um projeto de lei que proíbe o vilipêndio de símbolos e crenças relativas à fé cristã no município. O PL foi aprovado por unanimidade em primeira votação.
Mas não existe nenhuma ideia boa que a esquerda não consiga distorcer. Na segunda votação da matéria, a única vereadora petista da Casa, Lenir de Assis, conseguiu emplacar uma emenda que destrói completamente o sentido original da lei, ao estender a proibição de desrespeito “às demais crenças religiosas”. O mais incrível é que a emenda “laicizante” foi aprovada com o voto de vereadores supostamente direitistas. É o que eu sempre digo: no Brasil, até a direita é de esquerda.
O vilipêndio à fé cristã é algo concreto, objetivo e verificável. Ele está na peça de teatro em que um travesti substitui a figura de Jesus Cristo; no desfile de Carnaval em que as imagens do Filho de Deus e Nossa Senhora são aviltadas; na imagem do Sagrado Coração de Jesus destruída por um fanático; nas hordas de militantes que perturbam o casamento de um jovem político católico; no aparelhamento da Igreja por militantes comunistas; no uso de imagens de santos católicos em paradas LGBT.
O Cristianismo é a religião mais perseguida no mundo. E a perseguição de sangue quase sempre começa com a ofensa ao sagrado
Deixe-me dizer a vocês, meus caros sete leitores, o que vai acontecer se a emenda do PT for transformada em lei. A militância esquerdista vai usar a lei para perseguir padres e pastores que criticarem os movimentos identitários e revolucionários. Cristãos que professarem sua fé, em um único Deus, serão denunciados por desrespeitarem “outros deuses”.
Católicos e evangélicos de direita serão acusados de “bolsonarismo” quando defenderem os dogmas e princípios de sua fé. Um ateu — e eu, que já estive do outro lado, sei que o ateísmo é uma religião — poderá usar a emenda do PT para exigir a proibição de procissões e eventos públicos religiosos na cidade.
Um adepto das religiões de matriz africana poderá defender a mudança de locais públicos com nomes de santos e papas. Uma cantora que ousar trocar o nome de um orixá pelo nome de Jesus poderá ser processada e correr o risco de pagar uma multa milionária ao Estado. Mas o que estou dizendo? Isso já aconteceu!
E tudo isso ocorrerá porque não existe nada mais perigoso, quando se cria uma lei, do que inserir nela algum termo subjetivo e abstrato.
O PSOL usa a expressão “dignidade humana” para defender o assassinato de bebês no ventre das mães. Nossos iluministros supremos conseguiram equiparar a homofobia ao racismo, transformando-a em crime inafiançável. O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser preso por “criar um clima terrível no Brasil” (isso foi a fala de um juiz, não do Galvão Bueno).
O Imperador Calvo, em recente aula inaugural, defendeu a necessidade de se combater o “discurso de ódio” com o “controle das redes”— quando todos estamos carecas de saber que “discurso de ódio” é aquele que desagrada a esquerda e “controle das redes” significa pura e simplesmente censura.
Estão abertas as portas para a perseguição anticristã em Londrina. Quando tudo começar, não digam que não avisei.
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Conteúdo editado por: Aline Menezes