Mais uma vez ele volta à cena. Imagens supostamente encontradas na casa onde Osama Bin Laden foi morto, em Abbottabad, no Paquistão, mostram o então líder da organização terrorista Al-Qaeda assistindo a matérias jornalísticas de televisão sobre ele mesmo. Bin Laden aparece de lado, envolvido por um cobertor, exibindo barbas brancas e segurando um controle remoto. Difícil saber se é mais uma farsa, como as fotografias que surgiram logo após o anúncio da morte do terrorista.
O fato é que, independentemente das considerações de ambas as partes, as dúvidas permanecem. Qual seria, por exemplo, do ponto de vista estratégico, o interesse dos Estados Unidos em divulgar oficialmente imagens de um homem parecido com Bin Laden? O vídeo de resposta da Al-Qaeda seria uma tentativa de romper a imagem de fragilidade atribuída a Bin Laden em seus últimos anos de vida? Outras questões como essas poderiam ser levantadas e, provavelmente, permaneceriam sem esclarecimentos.
Enquanto as repercussões e as dúvidas sobre a morte do terrorista continuam surgindo, a Al-Qaeda dá demonstrações que a ausência do líder não a abalou totalmente. O braço iraquiano da organização, o Estado Islâmico do Iraque (EII), em nota, já afirmou que pretende realizar atentados para vingar a operação americana que culminou com a morte de Bin Laden.