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A misteriosa morte do promotor argentino Alberto Nisman, ocorrida horas antes de ele levar a público denúncias de que o governo teria encoberto os autores de um atentado terrorista, ganhou repercussão internacional e intrigou a opinião pública. Os dois principais jornais argentinos cobraram uma rígida investigação sobre o caso. Em editorial, o La Nación criticou severamente a Justiça argentina, que tem precedentes de não esclarecer mortes relacionadas com escândalos políticos. “Um trabalho inquestionável pode abrir o caminho para reverter o histórico nefasto de nossa Justiça em temas como esse, de enorme transcendência institucional”, diz o texto. No Clarín, a analista política Pilar Rahola, classifica o caso como “o escândalo mais grave da história argentina recente”. “A partir de agora, se abre um inferno de perguntas, ao mesmo tempo que as vergonhas do Gabinete K [Kirchner] explodem em um escândalo de proporções cósmicas”, avalia.

Pressão internacional

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Fora da Argentina, o caso Nisman também ganhou repercussão na mídia. Em editorial, o The New York Times defendeu a formação de um grupo internacional de juristas para investigar o atentado de 1994 e criticou a presidente Cristina Kirchner. No jornal Washington Times, o analista Luis Fleischman defende que o governo norte-americano adote medidas como a suspensão de vistos a membros do governo argentino e considere os líderes do país persona non grata.

Pelo facebook

Chama a atenção a forma como a presidente Cristina Kirchner tem se manifestado sobre o caso Nisman: sem entrevistas ou pronunciamentos, apenas por meio de textos no Facebook. O Clarín não poupou a conduta. “Ela se sente cômoda em seu café Facebook, compartilhando suas impressões com os paroquianos virtuais.”