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Polzonoff

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"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

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Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu

De tanto eu falar “Acorda, concorrência!”, a concorrência acordou. Quero dizer, mais ou menos, né? Mas antes tarde do que nunca.

Os colegas dos jornais que deixaram o bom jornalismo de lado pra derrotar o que eles consideravam, oh!, a ameaça do fascismo, agora, aos poucos e beeeeem devagar, estão se dando conta do lamaçal em que entraram. Do tiro no pé que foi, que é apoiar a censura de Alexandre de Moraes. Do desastre em potencial que foi acreditar que Lula, o ex-presidiário e aquele que a gente não pode chamar de ladrão, seria melhor do que Bolsonaro.

Mas não estou aqui para ficar criticando os colegas. Não estou aqui pra falar mal de ninguém. Afinal, cada um sabe onde o calo aperta. Cada um sabe das suas escolhas. E, no caso de alguns, como Reinaldo Azevedo, cada um sabe o que os fez mudar de lado.

O que importa é que ela, a tal da opinião pública, tão importante em momentos cruciais da nossa história, como o impeachment da Dilma e a prisão (prisão!) do Lula, dá sinais, tímidos sinais, de que está despertando para a ditadura do STF, e para a crise econômica e política do país.

Só espero que, embalada por vultosas verbas publicitárias, eles não voltem a dormir o sono dos cúmplices.

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