Na sexta-feira (28), eu tomava umas muitas cervejas com meus amigos quando vi, projetado no céu, o unicórnio estilizado que anunciava: o mundo precisa de Athayde Petreyze. Na hora, entrei no Petreyzemóvel e peguei o primeiro avião com destino à felicidade/ a felicidade/ pra mim é você. Digo, com destino a Brasília, para o cafonamento do minissenador Randolfe Rodrigues.
Vale tudo
Apesar de ter sido inexplicavelmente ignorado pelo cerimonial, entrar na festa realizada na casa de Glória Pires não foi exatamente um problema. Afinal, sou amigo da Maria de Fátima desde "Vale Tudo". Sou também presidente e sócio-fundador do Fã-clube Oficial de Orlando Morais (2 membros). Além disso, sempre levo no bolso minha infalível carteirinha da FENAJ e uma nota de R$200 para emergências como essa. Ou seja.
Janja 1
Assim que adentro o recinto, meu abrangente olhar jornalístico se vê atraído pela figura que é o centro das atenções do casamento de Randolfe Rodrigues com uma advogada cujo nome até agora não consegui descobrir: a primeira-dama e madrinha Janja. Que, dizem as más línguas presentes ao festerê, usava a faixa presidencial por baixo do vestido de tabuleiro de xadrez.
Janja 2
Ao me ver, Janja deixa o maridão entretido com o causídico Zanin e, de braços abertos, vem correndo em minha direção. “Meu amigo, você veio!”, diz ela, constatando o óbvio e provavelmente me confundindo com alguém. Ao abraçá-la, noto que Janja tinha “esquecido” de tirar a etiqueta do vestido. Com o preço.
Quatro mil, cento e oitenta e seis reais
O vestido de Janja custou R$4.186,00. Caso vocês queiram saber. A estampa quadriculada foi uma referência aos 580 dias que Lula passou na prisão. Dizem. E, já que estamos falando dos trajes, não posso deixar de mencionar (e elogiar) o estilo anão chic do noivo, que pegou o terno caneta-azul, azul-caneta emprestado do priminho.
Champã
Muitas taças de champã festa adentro, uma dúvida ainda me assombra: como é mesmo o nome da noiva?
Violência psicológica
De repente, ouço gritos extremamente agudos – o que atiça meu faro jornalístico. Temendo pela saúde da noiva e vislumbrando a possibilidade de finalmente descobrir o nome da felizarda, saio em disparada. Ao chegar no meio do auê, contudo, encontro o minissenador brandindo o celular aberto no Twitter. Digo, no X. “Violência psicológica?! Como ela ousa me acusar disso. Ainda mais hoje?!...”, choraminga ele. No que é consolado por Renan Calheiros. “Pelo menos é sua ex-mulher, e não...” – diz o alagoano. Não consigo ouvir o restante da frase porque alguém deixou cair um prato.
Ciúme
Circulo pelo ambiente cheio de celebridades políticas. Discuto axé com Jaques Wagner e com José Guimarães aposto que na minha cueca cabe muito mais dinheiro. Marcelo Freixo me dá dicas de turismo na Baixada Fluminense. Ao me aproximar de Gleisi Hoffmann, recebo de um agitado Lindbergh Farias um olhar carregado de ciúmes. Calma, cara!
Bloody mary
Bruno Dantas me chama num canto e desanda a falar mal do Deltan. Enquanto ele fala e fala e fala, porém, meus olhos perspicazes e treinados pelos maiores mestres do colunismo social observam tudo ao meu redor. Num canto, Renan Calheiros dá dicas de implante capilar para Cristiano Zanin. Humberto Costa bebe um bloody mary. Alckmin comenta a ausência marcante de Alexandre de Moraes. E Bruno Dantas ainda não parou de falar sobre o Dallagnol. Acredita?
Sobre OVNIs e uísques
A caminho do banheiro, esbarro em Caetano Veloso e engato com ele uma longa discussão. Primeiro, sobre OVNIs. Depois, sobre uísque. Prefiro uísque 21 anos. Ele prefere os de 12. “Entendo”, digo. Só por dizer. E ficamos ali, naquele silêncio constrangido dos gênios, até que passa por nós a daminha de honra, Greta Thunberg.
Lua-de-mel
Depois da festa, os noivos entram num carro oficial para passar a lua de mel nas dependências do STF. Dizem. Entediado e sentindo a falta do meu amigo Flávio Dino, pego um arranjo de mesa e umas pratarias como lembrancinha e me despeço, certo de mais uma vez ter cumprido meu comprido dever jornalístico.
Pri, para os íntimos
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