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Para a surpresa de ninguém, o colunista da Gazeta do Povo Paulo Polzonoff Jr. está entre os finalistas do prestigiadíssimo, concorridíssimo e supremíssimo Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário. Eu disse finalista, assim, no singular? Minto! Ele é multifinalista desse que já está sendo considerado o Nobel do Jornalismo Pós-democrático.
O colunista da Gazeta do Povo concorre em nada menos do que 7 categorias. São elas: Notícia Falsa, Crônica, Entrevista, Fotografia, Texto Autocensurado e Crítica Permitida, esta última criada depois que o STF foi injustamente acusado de premiar apenas os puxa-sacos. Polzonoff, conhecido nos bastidores como Polzo, Aquele Careca e Xi, Lá Vem O Chato, também é o favorito ao Troféu Especial Pelo Conjunto da Obra.
Covardia
Na categoria “Notícia Falsa”, Paulo Polzonoff Jr. concorre com esta crônica. Sim, esta mesma que você está lendo e em cuja confecção o autor agora vai dar uma pausa para almoçar. (... ) Voltei! Como ia dizendo, Polzonoff já está com uma das mãos no troféu, porque seu concorrente... é ele mesmo, com “Alexandre de Moraes decide que é o novo imortal da ABL” e o antológico “Alexandre de Moraes renunciou”.
Já na categoria “Crônica”, o colunista pode vencer mais uma estatueta com “O julgamento de Bolsonaro e a metamorfose de Alexandre de Moraes”. Que, nas palavras de uma jurada que preferiu o anonimato, a ministra Cármen Lúcia, “me lembra, tipo assim, Kafka ou um outro desses autores que não li”. Nessa categoria, no entanto, o concorrente mais forte é a colunista da Folha de S. Paulo Tati Bernardi. Também, dizer que sente desejo por Alexandre de Moraes é covardia, né?
Selfie
Na categoria “Entrevista”, mais uma vez Paulo Polzonoff Jr. pode entrar para os anais (eu disse anais!) do Judiciário com “No boteco com Alexandre de Moraes”. O problema, nesse caso, é que o entrevistado jura que nada daquilo aconteceu. Alheio à polêmica, contudo, Beto Simonetti, presidente da OAB e um dos jurados do prêmio, destacou o profissionalismo, a coragem e as preferências etílico-gastronômicas do entrevistador.
E o que dizer de uma trapalhada que virou uma obra-prima? Pois a selfie que Paulo Polzonoff Jr. tirou com Alexandre de Moraes também concorre ao prêmio, na categoria “Fotografia”. Aqui, no entanto, o páreo é duro, porque a imagem do ministro mostrando o dedo do meio é um pouquinho mais forte. Já na categoria “Texto Autocensurado”, Polzonoff concorre com duas obras definitivas: ███ ████ ██ ██, ██████ e █████ ██ ███ █████!
Conjunto da Obra
Por fim, ou melhor, semifim, temos a categoria “Crítica Permitida”. Na qual o 2º calvo mais amado do Brasil concorre novamente com “Alexandre de Moraes renunciou”. Aí é barbada! Polzonoff tem tanta certeza de que levará esse prêmio que até já separou um espacinho para ele na estante, ao lado do boneco do Pateta e de uma edição rara e autografada do livro de poesias “O Parque de Diversões dos Substantivos Abstratos”.
Agora, sim! Por fim, Paulo Polzonoff Jr. concorre ao Troféu Especial Pelo Conjunto da Obra, cujo prêmio, além de uma bela escultura reproduzindo a Estátua da Justiça, de Alfredo Ceschiatti, mas sem a pichação antidemocrática da cabeleireira golpista, claro, é uma estadia all-inclusive no famoso Resort Papuda. O patrocínio é da Open Society. Dizem. Nessa categoria, contudo, o favorito é o ex-presidente Jair Bolsonaro, que nem jornalista é, mas.




