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Durante a era petista, o governo apostou em uma série de incentivos a alguns setores da economia. Entre 2003 e 2016, o governo bancou 3,5 trilhões de reais em subsídios de acordo com o Ministério da Fazenda. O crescimento desses gastos foi um dos grandes responsáveis pelo desequilíbrio das contas públicas, culminando em rombos sucessivos, crescimento da dívida pública e consequentemente, na maior crise econômica já vista no país.

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Apesar de agradar a alguns setores, sabemos que esse modelo de impulsionador de crescimento econômico não funciona a longo prazo pois não é sustentável, além de não ser justo. Quem determina que a indústria automobilística precisa de incentivo fiscal e a de bicicletas não? Ou que o produtor de batatas merece subsídio para comprar trator e o marceneiro não merece subsídio pra comprar sua máquina? Ou que o açougueiro Joesley Batista merece crédito barato e o padeiro Judisley da Silva, que acorda às 4:00 da manhã pra fazer seus pãezinhos, não?

Esse favoritismo ou corporativismo, chame como quiser, foi o modelo de política econômica brasileira desde sempre, como o Ranking dos Políticos mostrou nesse vídeo:

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Não está na hora de deixarmos esse modelo de lado, de focarmos num crescimento horizontal, para todos?

Ao que parece, o presidente Jair Bolsonaro discorda. Ele acabou de pedir para que o banco estatal BB baixe juros para o crédito agrícola, além de oferecer financiamento de máquinas agrícolas no valor de 1 bilhão de reais. A declaração derrubou as ações do Banco do Brasil, e na prática, o subsídio sairá do bolso de todos os pagadores de impostos. Não estamos fazendo mais do mesmo? Repetindo os mesmos erros do passado?

O caminho da prosperidade sustentável e duradoura passa por medidas muito mais impopulares e difíceis de se implementar: Reforma da previdência para dar segurança de que o país consegue honrar seus compromissos, reforma tributária, simplificando e reduzindo impostos PARA TODOS, desburocratização para que as pessoas possam facilmente investir e empregar no país, privatizações, cortes de gastos supérfluos do governo e zelo com o dinheiro público, sem favoritismos a grupos amigos.

A canetada é cômoda e deixa alguns grupos felizes, mas não é nova política, não é fazer o que é certo, é fazer o que é fácil.

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Tatiana Poroger