Conscientização marca Dia Mundial de Combate à AIDS

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Lembrado mundialmente como a data do combate à AIDS, o dia 1° de dezembro é comemorado com diversas ações de informação e conhecimento sobre a doença.
Durante todo o dia, em diversas cidades, haverá distribuição de preservativos, material educativo e palestras. A imprensa tem divulgado os números alarmantes de pessoas contaminadas pelo vírus HIV ao redor do mundo. Impossível não refletir a respeito.

Saber através dos meios de comunicação que tanta gente está contaminada pela AIDS é assustador. Por falta de informação acaba aumentando ainda mais o número de pessoas que optam por ficarem sozinhas.

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Apesar de ser uma doença de rápida disseminação e ainda sem cura, é possível conviver com ela sem abdicar do sexo. Prevenindo-se corretamente com preservativo, qualquer pessoa pode namorar, fazer amor e ter prazer.

Hoje, a proporção de casos é de 2 homens para cada mulher contaminada. No início da epidemia essa relação era de 20 homens para uma mulher.

Conscientizar as pessoas da importância do uso da camisinha, no entanto, não é tarefa das mais fáceis. E tentar convencê-las de que o sexo com preservativo é melhor, com certeza é o pior caminho.

Alguns acreditam que o sexo natural é bem mais prazeroso, mas não podemos esquecer que as conseqüências podem ser devastadoras.

A camisinha é ainda o único dispositivo seguro que nos garante a possibilidade de ter uma vida sexual segura e sem preocupação. É bom lembrar que o seu uso deve ser do início ao fim da relação sexual.
Além de afastar o fantasma da Aids e da possibilidade de contrair uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) é também um dos melhores meios de evitar uma gravidez indesejável.

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Mesmo com as campanhas governamentais e com o empenho dos meios de comunicação sempre alertando sobre a necessidade do uso da camisinha, cresce o número de adolescentes que engravidam cada vez mais cedo, principalmente nas classes mais pobres.

Isto mostra que para muitas pessoas a AIDS é tratada com total descaso. Parece que as pessoas só se conscientizam quando tomam conhecimento de algum conhecido que esteja contaminado ou quando surgem comentários de que alguém famoso faleceu vitimado pela doença.

Mesmo sabendo que a cura pode estar próxima e que, com os coquetéis anti-AIDS a vida pode ser prolongada – a pessoa tem uma qualidade de vida bem melhor do que há uma década, o melhor remédio ainda é a prevenção: camisinha e o uso de seringas e agulhas descartáveis.

Comportamento feminino e masculino

Homens e mulheres estão adoecendo e morrendo por amor. Confiam cegamente no parceiro com quem mantêm relação estável e que estão acima de qualquer suspeita.

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Os relacionamentos fora do casamento, as “aventuras” mais ou menos passageiras, tendem a ser idealizadas tanto por homens quanto pelas mulheres. Há alguns anos atrás este era um comportamento tipicamente masculino. E é nessa busca de um eterno começo de namoro, da atração que acontece no dia a dia, que as pessoas acabam colocando em risco o relacionamento.

Nos últimos dez anos aumentou em 50% o número de mulheres, com mais de 50 anos, que contraíram AIDS dos seus parceiros.

Alguns estudos mostram que a mulher quando decide manter uma aventura extraconjugal exige que o parceiro faça uso do preservativo.

Os homens descuidam deste aspecto porque dizem se sentir capazes de julgar se uma nova parceira sexual representa risco de doenças.

O fato de se relacionarem com mulheres conhecidas, no sentido de saberem sua origem e seu estilo de vida, os deixam suficientemente seguros para dispensar a camisinha. Alegam que dá para saber quando a mulher é “rodada”. E, quando a parceira garante a impossibilidade de gravidez, o uso da camisinha é facilmente dispensado.

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Além do mais a grande maioria dos homens acredita quando a mulher diz que ele é o “segundo” homem da sua vida…

É aí que mora o perigo. As pessoas esquecem que quem vê cara, não vê AIDS.

Infelizmente, a camisinha feminina é ainda pouco usada no nosso meio. Sua grande vantagem é a mulher se proteger independente da vontade do homem querer ou não usar preservativo.

Trabalhando há quinze anos com relacionamentos percebo que as pessoas descasadas acima dos 45 anos são as que apresentam maior resistência ao uso do preservativo. Uma das razões é, sem dúvida, a questão cultural.

Passaram anos e anos num casamento estável sem a necessidade de se preservar. Agora, na busca de novos parceiros têm dificuldades de aceitação de que os tempos mudaram e que é preciso de se proteger contra uma série de doenças transmissíveis.

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Vale lembrar que o amor e a confiança por si só não imunizam. É preciso cuidar do relacionamento, conversar com o par amoroso sobre infidelidade, sobre a AIDS e as DST’S, bem como, sobre o efeito devastador que essas doenças podem causar para a família.