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Todos nós, em qualquer momento da vida, podemos nos deparar com algum tipo de dificuldade. Seja no relacionamento afetivo, profissional, emocional ou financeiro. Dificuldades não trabalhadas podem gerar crises. O ideal seria evitá-las, no entanto, nem sempre isso é possível. Com o crescimento e o amadurecimento é possível aprender a contornar e a superar as dificuldades. Nesta hora, cada pessoa tem uma ação e reação muito individual, principalmente, em função das suas experiências e do seu equilíbrio emocional.

Crise conjugal

Quando o casal opta pela vida em comum ambos passam a conviver com as imperfeições do outro. Para manter a harmonia logo descobrem que é preciso saber ceder e que algumas insatisfações e frustrações pessoais, inconscientemente, serão projetadas no outro. Impossível uma relação tão próxima como a vida em comum não gerar desconfortos e impasses. Deve-se sempre deixar uma abertura para o diálogo.

Quem nunca ouviu falar da crise do 1º, 7º e 14º ano de casados?

Imaginar que o casamento será eternamente um conto de fadas é uma utopia. Todo casal tem dificuldades pelas próprias diferenças individuais. Cada um vem com uma história de vida, com sua bagagem, seus sonhos, aliados às diferenças sociais, culturais, idade, criação familiar, relacionamentos falidos. Todo casal passa por isso. O que difere cada situação é o comportamento do casal diante da crise. É imprescindível manter a calma, o bom senso, o autocontrole, evitar a discussão e jamais faltar com o respeito ao companheiro(a). Isso não é fácil.

A somatória das dificuldades mal resolvidas, frustrações e mágoas podem acabar minando o relacionamento. E, muitas vezes, os problemas são tantos que parece só restar uma saída: a separação. Mas, nesta hora, cadê a paciência, a tolerância e aquelas juras de amor eterno?

Vivemos a era da comunicação. Mesmo com todo aparato tecnológico nunca se viveu um período tão difícil na comunicação interpessoal. Apesar do homem ser considerado pelos cientistas e estudiosos um animal social, ainda encontra dificuldades para viver em grupo. A vida moderna e as angústias das cidades transformam o ser humano, cada vez mais, num animal individualista, solitário e egoísta.

Pressões internas e externas, mostradas nos jornais ou na telinha da tevê, abalam nosso dia a dia. Ameaças de guerra, pressão profissional, desestabilização da moeda, fome, miséria, demissões em massa, enchentes, homicídios, drogas, tragédias e assaltos podem trazer medos, angústias, ansiedade e estresse. Desequilibrado o ser humano é capaz de cometer as maiores e mais absurdas atrocidades.

Os lares hoje mesmo sendo melhores, pelo menos boa parte deles, mas, mais parecem moradias de pessoas do mesmo nome. Está faltando calor humano, afeto, respeito ao próximo, valores morais e familiares. Tantos abalos no cotidiano podem desestabilizar a segurança do relacionamento. Na hora do conflito: Tolerância: zero. Paciência: esgotada. Amor eterno: quem jurou?

Crises mais comuns

Algumas crises são decorrentes de situações que podem acontecer no cotidiano de qualquer um, como, quebra da rotina ou de alguma novidade. Nem sempre é possível evitá-las, mas é possível minimizar seu peso com atitudes coerentes e completas.

Mudanças que podem afetar a relação: desemprego de um dos cônjuges, gravidez inesperada ou indesejada, mudança de emprego ou de casa, mudança de cidade ou país, traição, dificuldades financeiras, ex-marido/ex-mulher, a sogra resolveu vir de mudança, o(a)filho(a) dele(a) começou a criar caso, doença ou perda de alguém da família, baixa auto-estima, acidente grave, etc.

Os filhos, muitas vezes, têm um peso muito importante nessas crises. A carga de cobranças feitas à mãe, a tentativa dela em colocar “panos quentes” nas travessuras nos filhos, inclusive, acobertando algumas atitudes erradas, podem gerar uma séria crise, principalmente, se o pai não concordar com as atitudes e comportamentos dos envolvidos.

Em algumas dessas situações os desgastes podem ser superados mais facilmente, principalmente se a dificuldade for momentânea ou passageira.

De qualquer forma, faz-se necessário uma mudança de hábitos, novas posturas e um novo planejamento da estrutura do cotidiano.

O casal deve rever e questionar como anda o carinho o diálogo, a vida sexual e o companheirismo para que possam sair da crise com o vínculo fortalecido.

Algumas crises até vêm para o bem, ou seja, dão uma sacudida geral no relacionamento, independente de estarem casados há um, sete ou quatorze anos…

No momento da crise

Seja político: procure sempre fazer acordos e negociar.

Procure sempre o melhor momento para conversar sobre as dificuldades.

Desista de buscar um culpado.

Não guardar mágoas e ressentimentos que só fazem mal.

Aprender a dizer o que não gosta de forma clara e sem agressões.

Não reagir quando alguém tem uma explosão, faz parte da nossa natureza colocar para fora o que não serve.

Tentar resolver os conflitos antes de ir para a cama. Nada como um sono tranqüilo e reparador.

Jamais levar os problemas para a cama.

Se o problema envolver terceiros, nunca crie intrigas. Deixe que resolvam seus próprios problemas.

Fique fora de conflitos que envolvam sogra, ex ou enteados.

Procure ter em mãos provas concretas quando for acusar alguém.

Tenha predisposição para solucionar as diferenças de forma pacífica.

Não fique remoendo questões dos conflitos anteriores.

Não esqueça que cada um tem a sua própria verdade.

Compreenda que ninguém é perfeito, nem você!

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