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É bem possível que tenhamos que renomear a revolução bolivariana, pois esta está prestes a se consolidar como o período que será conhecido como “Governo Chávez”, e não um regime a longo prazo como era o sonho de Hugo Chávez.

Tanto o governo Chávez como o de Maduro tiveram como característica a concentração de poder e ações autoritárias, entretanto com pequenas, mas centrais diferenças. A evidente falta de carisma do sucessor de Chávez e a descrença quanto à mudança devido a uma crise econômica que aumenta a cada minuto, desvela a incapacidade de Maduro de virar o jogo, mesmo utilizando as mesmas premissas revolucionárias do seu antecessor.

Nesse momento Maduro ou apela para uma improvável aliança com a oposição, o que de alguma forma seria a sua tábua de salvação, ou dá continuidade à sua já conhecida predisposição política repressiva e de cerceamento de liberdades. Caso a opção de Maduro seja esta última, fatalmente pavimentará um caminho para que o povo venezuelano cada vez mais se a aproxime dos movimentos de oposição.

Infelizmente a tendência é a de que Maduro utilize ao máximo a máquina estatal e o apoio político até que não lhe reste mais nada e tenha que ceder às pressões da oposição abrindo, assim, caminho para o fim da revolução bolivariana.

Fica, então, a  torcida para para que Maduro não escolha o caminho da resistência violenta, o que aparentemente já teve início, e que o governante venezuelano não seja como o capitão que não abandona o barco e morre tentando salvar o seu projeto. Aparentemente Maduro será o último representante de uma revolução de um homem só, a qual não mais deve ser conhecida na Venezuela como revolução bolivariana, mas sim como a breve revolução chavista.

 

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