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O Brasil é um país muito grande, com diversidades regionais enormes e, também, com diversidades de desempenho econômico muito significativas. Quando falamos que a economia brasileira está de um jeito ou de outro, muita gente diz que não é isso que está sentindo, porque muitas vezes não é o que está acontecendo em determinado lugar. Quando a gente faz uma análise mais regionalizadas, as coisas ficam mais claras e mais interessantes. Se olharmos o que aconteceu no Brasil a partir de 2002, temos duas tendências muito marcantes. AS regiões que mais cresceram no Brasil de 2002 para cá foram também as que mais cresceram no ano passado. A região que mais cresceu no país foi o Centro-Oeste. O agronegócio, que tem na região seu principal motor, vem puxando o crescimento da economia brasileira e, particularmente, o crescimento do Centro-Oeste. No ano passado, a região também foi a que mais cresceu no país. A segunda região que mais cresceu no país foi a Norte, em parte por expansão de fronteira agrícola e projetos de mineração. Foi a região que mais cresceu de 2002 para cá e no ano passado também foi melhor do que a média das economia brasileira. O interessante é o que aconteceu com a terceira região que mais cresceu no último ciclo de expansão da economia brasileira e, no ano passado, ficou para trás: o Nordeste. Isso aconteceu porque o Nordeste se beneficiou, no último ciclo, de um processo em que os programas de transferências de recursos do governo federal, voltado para as comunidades mais pobres, impulsionaram essas economias. Mas, com a crise do governo Dilma, a economia brasileira encolheu e sobrou menos dinheiro para todas as regiões. E foi o Nordeste que mais sofreu com isso. A contrapartida positiva é que as duas regiões que ficavam para trás do crescimento brasileiro no último ciclo de expansão voltaram a crescer mais: o Sul e Sudeste. Isso é importante porque Sul e Sudeste representam 70% da economia brasileira. Se elas crescerem mais, o Brasil como um todo deve crescer mais.

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