Primeiro foi o filho nos Estados Unidos dizendo que não tinha certeza se vai dar para passar a reforma da Previdência. Depois vem o Onyx Lorenzoni falando que o governo não tem pressa nessa aprovação. Agora o próprio Jair Bolsonaro diz que vai fatiar o processo de aprovação da reforma da Previdência. Estou começando a ficar com a impressão de que o governo Bolsonaro não tem a real dimensão da importância da aprovação rápida e de uma reforma significativa da Previdência. Vale a pena explicar isso um pouco melhor. Foram formados três grandes desequilíbrios macroeconômicos ao longo do governo Dilma que jogaram o Brasil na maior crise econômica de sua história: inflação descontrolada, déficit da balança comercial de produtos manufaturados e contas públicas desequilibradas. O governo Temer resolveu os dois primeiros problemas, mas as contas públicas, não. O governo gasta muito mais do que arrecada, e financia essa diferença se endividando cada vez mais. Uma dívida que não para de crescer se torna impagável, sem contar os juros cada vez maiores. Precisamos mudar essa dinâmica e só há uma forma de fazer isso: reduzindo brutalmente os gastos do governo. É aí que entra a reforma da Previdência, que é o maior gasto disparado do governo. Se não fizermos uma reforma que mude a trajetória desse buraco, o Brasil vai se tornar ingovernável, porque não sobrará dinheiro para nada. Caso o governo não avance nessa e em outras reformas, todas as perspectivas positivas para o país vão por água abaixo.
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