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Coronavírus, Copom, Congresso… como investir neste início de mês
| Foto: Behrouz Mehri/AFP

Coronavírus, primárias das eleições presidenciais nos EUA, indicadores da economia da Alemanha, perspectiva de menor crescimento global, volatilidade nos preços das commodities, retorno aos trabalhos no Congresso, em Brasília, decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) acerca de novo corte ou manutenção na taxa Selic, temporada de divulgação de resultados corporativos do quarto trimestre de 2019 e por consequência ano fechado, entre outros. Esta é a situação para realizar investimentos no início de fevereiro. São tantos aspectos que impactam ou podem impactar nos preços dos ativos que alguns investidores ficam receosos em momentos como este. Aliás, todas essas movimentações podem afugentar entrantes ou até assustar aqueles que recém entraram. O fato é que os profissionais de mercado já estão acostumados com esse tipo de situação.

Não é de hoje que vemos um mercado cada vez mais globalizado e tomar decisões com base no cenário acima descrito já está no DNA de um gestor de fundos multimercado ou de ações, por exemplo. No entanto, esta não é a profissão de milhões de brasileiros que também precisam tomar decisões vislumbrando um retorno melhor para seus investimentos, independentemente do prazo.

Em grande parte, seria mais fácil falarmos para diversificar a carteira e ponto final. Entretanto, é necessário colocar alguns pontos (e bato nessa tecla quase que de forma cotidiana): antes de realizar qualquer aplicação financeira, tenha conhecimento sobre seu perfil e seus objetivos para aquele recurso e, mais, defina o prazo de alocação do dinheiro. Ter isso em mente antes de investir é fundamental para obter uma performance condizente com suas características.

Em momentos de mercado como este, podemos afirmar que há oportunidades “para todos os gostos”, seja para o investidor mais arrojado, que busca realizar operações de curto prazo, ou para aquele mais fundamentalista, que aguarda o recuo de determinadas ações e as compra visando retorno no longo prazo. Por outro lado, acredito que a situação passou a ficar um pouco desconfortável no cenário atual para os mais conservadores, que não veem mais retornos absolutos interessantes - em função de a taxa de juros estar no menor patamar da história no país e com possibilidades da manutenção por um prazo mais prolongado.

Obviamente que, se o investidor é conservador, é necessário respeitar suas características e não correr grandes riscos. Oportunidades em renda fixa também existem. Engana-se aquele que só vê boas chances de rentabilizar melhor sua carteira no mercado de renda variável. Por essa razão cito a importância da diversificação. Já se foi o tempo em que pessoas físicas alegavam dificuldades financeiras (do ponto de vista dos custos) para participar deste mercado. Mesmo alguém que não dispõe de grandes recursos pode mesclar diversos ativos. É possível comprar títulos do Tesouro Direto a partir de R$ 30,00. Aportes iniciais em fundos de investimento podem ser realizados entre R$ 100 ou R$ 500. Além disso, já é possível comprar ações no mercado à vista sem a necessidade de gastar nada, bem como negociar contratos no mercado futuro à taxa zero em diversas plataformas digitais de investimento.

Sendo assim, seguiremos diante de todos os fatos mencionados no primeiro parágrafo para buscar tomar as decisões nos momentos certos. Na minha visão, sigo confiante em uma melhora gradual da economia nacional e acredito que participar do mercado de ações com disciplina poderá trazer resultados relevantes no longo prazo. E claro, com a queda vista no Ibovespa nas últimas semanas, pode ter sido aberta uma janela interessante em alguns ativos. Vale ficar atento. Informação e interpretação, respeitando seu perfil de investidor, é o caminho-chave para realizar bons negócios.

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