| Foto: Pixabay

Estamos praticamente encerrando o quinto mês do ano. Nesse período, até o momento, na política, vimos movimentações atípicas daquelas em que estávamos acostumados no país. No entanto, grandes alterações, aprovações ou algo que traga um sentimento positivo para o brasileiro em geral, seja ele empresário, funcionário ou desempregado, podemos afirmar que quase nada mudou.

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Por outro lado, em pesquisa realizada pela XP Investimentos entre 22 e 24 de maio, foi registrada queda na aprovação do governo Jair Bolsonaro entre os agentes do mercado financeiro.

Além disso, ainda há uma perspectiva que não deveremos ter melhora na relação do presidente com o Congresso no curto prazo. Mesmo neste cenário, continua forte a confiança na aprovação da Reforma da Previdência, onde 80% das instituições participantes disseram acreditar que ocorra em 2019, mais especificamente no quarto trimestre do ano.

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Outro dado importante desta mesma pesquisa informa que a proposta enviada pelo governo ao Congresso deverá ser desidratada para um número próximo de R$700 bilhões em 10 anos no ajuste das contas públicas. Somado a todo este ambiente, vale ressaltar as manifestações populares a favor de algumas pautas do governo, como a própria reforma, além da agenda do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ocorrida neste último final de semana.

Crescimento menor

No Boletim Focus, relatório que resume as estatísticas calculadas, considerando as expectativas de mercado coletadas e divulgado toda segunda-feira pela manhã, o mercado parece acreditar cada vez menos numa melhora para a economia do país. No reportado hoje, o relatório apontou uma perspectiva de crescimento de 1,2%, enquanto, há um mês, esse número era de 1,7%.

Já são 13 semanas consecutivas de recuo das expectativas. O boletim traz também uma perspectiva para manutenção da taxa de juros e inflação medida pelo IPCA de 4,07% para 2019. Todos estes dados são balizados pelo momento do país e suas expectativas de acordo com os acontecimentos recentes. Não há a menor dúvida de que há relevância em acompanhar este semanal para a tomada de decisões.

Foco das expectativas: Reforma da Previdência

Diante de todo o cenário e com a bolsa de valores partindo para o 4º mês consecutivo encerrando de forma praticamente estável, mesmo com toda volatilidade ao longo do período, fica cada vez mais evidente onde os agentes de mercado e investidores estão concentrando sua atenção: na Reforma da Previdência.

É nela que teremos aquilo que mais se espera: a volta da confiança e, por consequência, a retomada da economia. Estes mesmos dados como crescimento do PIB, inflação, taxa de câmbio e meta da Taxa Selic dependem quase que 100% da aprovação da reforma, o quão sustentável ela será no ajuste fiscal e, por conseguinte, no longo prazo.

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No curto prazo seguimos observando qual será a continuidade da agenda micro do governo, além da Reforma Tributária, e nas privatizações, que também poderão ser outros caminhos importantes na transformação do país.

É nela que teremos aquilo que mais se espera: a volta da confiança e, por consequência, a retomada da economia. Estes mesmos dados como crescimento do PIB, inflação, taxa de câmbio e meta da Taxa Selic dependem quase que 100% da aprovação da reforma, o quão sustentável ela será no ajuste fiscal e, por conseguinte, no longo prazo. No curto prazo seguimos observando qual será a continuidade da agenda micro do governo, além da Reforma Tributária, e nas privatizações, que também poderão ser outros caminhos importantes na transformação do país.

Com as aprovações do Congresso no governo Michel Temer e agora com Bolsonaro, poderemos ter uma visão para um período mais duradouro, mais previsível para o país, e é assim que os investidores estrangeiros também enxergam.

Dentre todos os agentes de mercado que falamos ou na leitura do dia a dia, mais de 90% “apostam” que apenas isto trará estabilidade ao país. Sendo assim, pensar em investimentos remete a estes temas e, portanto, o futuro da bolsa de valores e dos investimentos em renda fixa também dependerão desta aprovação.

Um dos poucos retornos que conseguimos projetar para este ano é sobre a rentabilidade da poupança. Com a taxa de juros se mantendo em 6,5%, a poupança deverá render 4,5% em 2019, ou seja, apenas 0,4% acima da inflação. Já o mercado de ações deverá ser impactado pelos números da Reforma da Previdência. Se esta passar com valores consistentes, poderemos esperar uma alta significativa no mercado de ações.

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Vale considerar que este segmento trabalha com expectativas e que, portanto, poderá ter uma alta expressiva dias ou semanas que antecedem a votação da reforma no Congresso Nacional.

Mercado externo

Um outro catalisador de influência é o mercado externo, cujas novidades virão do presidente dos EUA, em especial. Por fim, no mercado mais conservador, aquele chamado de renda fixa, não deveremos ter grandes novidades até que a taxa de juros, a Selic, se mova, o que já ocorre há alguns meses. As perspectivas apontam que poderemos ter novas quedas até o final do ano, mas é necessário aguardar pois não há uma unanimidade que aponte para tal fato.

Dessa forma, ao que tudo indica, 2020 já pode vir, pois em 2019 ficaremos na benevolência das negociações no Congresso.