Preocupação é com uma nova rodada de restrições por causa de alta nos casos da Covid-19.| Foto: Hugo Arce/Fotos Públicas
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Nos últimos dias temos visto uma forte onda de volatilidade pelos mercados em todo o mundo. Especialistas citam que os principais responsáveis seriam as preocupações relacionadas ao temor de alta na inflação no curto e médio prazos, além das perspectivas menores para o crescimento da economia global como um todo e também do aumento do número de casos de Covid-19 decorrente do avanço da variante delta. Entretanto, cabe ressaltar que as bolsas de valores atuam conforme as expectativas e neste curtíssimo prazo há um temor por uma nova rodada de restrições em alguns países ou a não reabertura parcial ou mesmo, até total, conforme planejado nos últimos meses pelos governos de cada local.

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Na Europa, mais especificamente, vemos os gráficos de contágio acelerando nos últimos dias em países como Reino Unido, Espanha, Holanda e França. No entanto, mesmo diante desse crescimento, o número de mortes permanece praticamente estável, em torno de mil por dia. Vale lembrar que o pior momento atravessado na região foi no final de janeiro. Outro ponto que chama atenção neste momento é que esta aceleração passa por pessoas de pouca idade e daquelas que ainda não se vacinaram. Dados recentes mostram que no Reino Unido, 60% das hospitalizações por Covid-19 são de pessoas não vacinadas. Outros exemplos mostram que na Catalunha 78% das internações também são de pessoas não vacinadas e na Holanda apenas 6% dos novos casos haviam sido imunizados.

Diante desse ambiente, temos o dólar se valorizando frente a moedas de mercados emergentes e bolsas em queda. No Brasil, o Ibovespa recua 2% no mês enquanto o real se desvaloriza mais de 5%. Na onda dos preços, o petróleo também recua forte em julho, chegando a uma queda de 8% do início do mês até a data de 20 de julho. O fato se explica, inclusive, devido a notícia mais recente sobre a decisão tardia da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) a respeito da flexibilização da restrição à produção da commodity próximos anos. Nesta segunda-feira (19) as perdas acumuladas foram de aproximadamente 10% em relação aos picos recentes.

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Dado todo esse cenário, fica evidente que a recuperação da economia global deve necessariamente passar por um processo mais forte de vacinação e que essa preocupação será dissipada com o tempo. Portanto, olhando para frente, teremos que seguir acompanhando os dados de inflação e o impacto no crescimento dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O momento é de manter a carteira de investimentos bem alocada.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]