Já deve ter chegado para você que o dólar pode atingir R$ 6 ou R$ 7 em razão das eleições presidenciais. Porém, essa possibilidade é pouco provável, uma vez que a variação da moeda brasileira em relação ao dólar depende de muitos outros fatores.
Nos últimos meses, eventos relevantes no mundo e também no Brasil influenciaram o preço da moeda americana. Entre eles, a perspectiva de alta dos juros nos EUA, o embate comercial entre China e EUA, a crise financeira na Turquia e na Argentina, a forte elevação de preços das commodities (petróleo e minério de ferro), a greve dos caminhoneiros, entre outros. O Brasil ainda atravessa um momento complexo com fraca atividade econômica e necessidade de ajustes das contas públicas.
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Nesse contexto, a moeda norte-americana chegou nesta segunda-feira (13) a R$3,90, mesmo com as interferências do Banco Central nas últimas semanas para conter a alta do câmbio.
A cotação do dólar divide setores econômicos, no Brasil, e pode, em alguns casos, ser positiva. O turismo é o maior exemplo disso. Se por um lado o dólar alto prejudica a saída de brasileiros para destinos internacionais, por outro torna o país muito atrativo para os estrangeiros.
O gráfico abaixo demonstra que o Real não foi a única moeda que sofreu desvalorização em relação ao dólar em 2018. A alta cotação da moeda norte-americana está muito mais associada a fenômenos mundiais do que relacionados à economia interna, e atinge ainda mais mercados emergentes como Turquia, Argentina, Rússia e Chile.
O cenário eleitoral é mais um elemento que também impacta na taxa de câmbio somando, ainda, a política econômica a ser adotada a partir de janeiro de 2019 pelo presidente eleito.
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A essa altura, você já deve estar se perguntando como agir para se proteger de uma forte alta, seja para investir ou para uma viagem internacional no fim do ano. O recomendado é aguardar outubro. Neste período, porém, vale comprar dólares aos poucos. Por quê? É uma forma de reduzir os riscos em caso de uma grande explosão do dólar.
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