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3 grupos para debater feminismo e literatura em Curitiba
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Tomei um chá de sumiço quente, mas cá estou de volta, pedindo perdão pelo abandono e cheia coisas boas para compartilhar 🙂

Hoje quando vi uma loja sendo decorada para o natal, fiz aquele rápido flashback do meu 2015 e concluí que tive um baita ano feliz. Uma das coisas que iluminaram meus últimos 11 meses foi o contato com três turmas que me abriram os olhos e as portas para uma imensidão de livros e escritoras feministas.

Até então, eu buscava por conta própria livros e respostas para as questões de gênero que tanto mexiam comigo. Foi então que, ao conhecer o GLF, um grupo de leitura feminista com encontros mensais, criado pela Tayná da Rocha Leite no começo desse ano, encontrei um canto aconchegante para depositar minhas dúvidas, meus desabafos e conhecer livros e artigos maravilhosos.

Não demorou muito para eu cruzar com a Lubi Prates e a Emanuela Siqueira, que trouxeram para Curitiba o Leia Mulheres, projeto que divulga a literatura produzida por escritoras. Também uma vez por mês, elas organizam um encontro aberto, que, em geral, é feito na Livraria Arte & Letra, para debater uma obra diferente.

E foi em um encontro do Leia Mulheres que eu conheci a Maria Lorenci. Ela me chamou a atenção ao falar do Marianas, um grupo de escritoras curitibanas criado pela poeta Andréa Gavita, que acabou virando coletivo feminista. O Marianas organiza lindos saraus mensais e prospecta belos trabalhos de mulheres que produzem literatura na capital paranaense.

Infelizmente, não participei de todas as atividades com a frequência que gostaria. Mas 2016 já nos bate à porta abrindo alas para aquelas nossas promessas de fim de ano. Que bom que alguém cortou o tempo em fatias, né, Drummond?

Vou destacar estas iniciativas em tópicos para que vocês as conheçam melhor. Os três projetos estão a todo vapor preparando os últimos eventos de 2015. Então, corram que ainda dá tempo de participar!

O Grupo de Leitura Feminista

Terceiro encontro do GLF

Terceiro encontro do GLF

O GLF foi criado pela advogada, executiva e palestrante Tayná da Rocha Leite. Ela queria conhecer mais sobre o feminismo e, ao olhar à sua volta, descobriu que não estava sozinha. Foi então que criou um grupo de mulheres para debater, uma vez por mês, obras ligadas às questões de gênero. Desde a sua formação, no começo deste ano, o Grupo de Leitura Feminista já discutiu desde trabalhos teóricos, como O Contrato Sexual, de  Carole Pateman, até produções literárias, como a peça Os monólogos da vagina, de Eve Ensler. E por falar em literatura, o encontro de novembro, que acontece hoje às 20 horas, na Livraria Vertov, é sobre o romance Dez Mulheres, da autora chilena Marcela Serrano. Você pode saber mais e confirmar sua presença aqui. 🙂

O Leia Mulheres

Encontro do Leia Mulheres com a escritora Luci Collin ,no evento que debateu seu romance Nossa Senhora D’aqui

O projeto surgiu de uma proposta da escritora Joanna Walsh, que pretendia, por meio da hashtag #leiamulheres, amplificar a voz da literatura feita por escritoras em um cenário literário ainda tão machista. A campanha repercutiu no mundo todo e, no Brasil, grupos se formaram para debater livros escritos por mulheres. Em Curitiba, o primeiro encontro aconteceu em maio e foi organizado pela redatora Emanuela Siqueira e pela editora e poeta Lubi Prates. Desde então, Virgínia Woolf, Mary Shelley, Luci Collin e Noemi Jaffe já foram pauta para discussões. O próximo encontro é dia 21 de novembro, às 10h30 na Livraria Arte & Letra, e o livro da vez será O quarto de despejo, Diário de uma favelada, da Carolina Maria de Jesus. Confirme sua presença aqui. Os eventos são abertos aos homens também. 😀

O Marianas


Quando a poeta curitibana Andréa Gavita criou o ME (Meninas que escrevem em Curitiba), percebeu que o tímido destaque que as mulheres tinham na literatura em relação aos homens era de caráter político. A certeza de que o machismo nas letras era um problema seríssimo e deveria ser combatido ganhou a indignação da turma e a transformou em um coletivo feminista, o Marianas, cujo nome homenageia a escritora e jornalista feminista Mariana Coelho. Sob a supervisão de Andréa, as Marianas se organizam mensalmente em saraus, onde expõem seus trabalhos e aprendem umas com as outras a mágica da poesia e a feracidade da militância. O coletivo tem um site e uma página no Facebook e está de portas abertas para quem pretende aderir à causa. 😉

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