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Sergio Moro retornou para Curitiba nesta quinta-feira para conversas reservadas sobre seu futuro político.
Sergio Moro retornou para Curitiba nesta quinta-feira para conversas reservadas sobre seu futuro político.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A possibilidade de aliança nacional entre os partidos que tentam formar uma “terceira via” única na eleição presidencial pode se repetir no Paraná e colocar o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) como candidato ao Senado na chapa do ex-prefeito de Guarapuava Cesar Silvestri Filho (PSDB), pré-candidato ao Governo do Estado. Nesta quinta-feira (9) o PSDB oficializou apoio à pré-candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet. E a expectativa dos partidos é atrair o União Brasil, que, por enquanto, trabalha a pré-candidatura de Luciano Bivar. Se a aliança nacional vingar, Silvestri e Moro, que estiveram juntos no Podemos até o início deste ano, tendem a se reaproximar.

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O MDB, aliado nacional já confirmado do PSDB, até tem pré-candidato ao Senado, o ex-governador Orlando Pessuti. Mas, no Paraná, o partido já sinalizou que caminharia ao lado do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Com isso, o PSDB trabalhava com a possibilidade de ter que lançar chapa pura e o nome para a disputa ao Senado seria o do deputado federal Valdir Rossoni. O indeferimento do domicílio eleitoral de Sergio Moro em São Paulo, sua disposição de disputar o Senado no Paraná, e a possibilidade de aliança nacional com o União Brasil, trouxeram uma nova perspectiva para essa eventual chapa, que ganharia em estrutura, tempo de TV e teria um nome competitivo para “dobrar” com o candidato ao governo.

Desde a noite de terça-feira (7), após o indeferimento do domicílio eleitoral paulista de Moro, membros do União Brasil e do PSDB do Paraná já começaram a dialogar. “De fato estamos sendo procurados [por pessoas ligadas a Moro] sobre a disposição de conversar. Sempre tive bom diálogo com ele, desde a época em que estávamos juntos no Podemos, e não será diferente agora”, afirmou Silvestre, ressalvando, no entanto, que as conversas estão em um estágio bastante inicial.

A possível aliança, no entanto, necessitaria da interferência do diretório nacional do União Brasil no estado, uma vez que o União Brasil no Paraná, comandado por Felipe Francischini, está, hoje, muito mais próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador Ratinho Junior. A movimentação, no entanto, já chamou a atenção dos aliados de Ratinho Junior e, mesmo com o governador em viagem internacional à Itália, enviados do PSD também já procuraram o estafe político de Moro para buscar uma composição que neutralize a possibilidade de aliança do ex-juiz com um adversário do governador.

Sergio Moro está em Curitiba, desde a manhã desta quinta-feira. Teve reunião com a direção do União Brasil e conversas fechadas com possíveis aliados. O ex-ministro da Justiça segue evitando entrevistas e dizendo que falará sobre seu futuro político “oportunamente”.

Cesar Silvestri Filho assinou a ficha de filiação de Sergio Moro ao Podemos como presidente estadual da sigla, em novembro do ano passado. Entusiasta da pré-candidatura presidencial do ex-juiz, ele defendeu que o partido tivesse candidato próprio ao Governo do Estado para dar a Moro um palanque confiável no Paraná. Com a opção do partido por priorizar a disputa para o Senado e tentar manter uma aliança com Ratinho Junior, Silvestri trocou o Podemos pelo PSDB, onde recebeu apoio para seu projeto de candidatura ao governo. Mais tarde, sentindo o partido isolado e em busca de uma maior estrutura, Moro também acabou se desfiliando do Podemos e ingressou no União Brasil. Agora, em posições diferentes, a possibilidade de que ambos dividam palanque volta a existir.

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