Alvaro Dias em palestra no evento “Estrela ADVB/PR”| Foto: Reprodução
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O senador Alvaro Dias (Podemos), pré-candidato à reeleição afirmou nesta segunda-feira (11) que aguardará mais duas semanas por uma sinalização do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) sobre a manutenção da coligação entre os dois partidos, antes de começar a discutir internamente a possibilidade de candidatura própria ao Governo do Paraná como “plano B” à disputa da eleição na chapa do governador. Durante evento promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) do Paraná, o senador disse que, no momento, o partido só trabalha com o cenário de coligação com Ratinho Junior.

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“Não estamos negociando aliança com o governador, porque nós já temos uma coligação desde 2018, o Oriovisto (Guimarães) foi o senador da chapa do Ratinho Junior. Apoiamos o governo durante todos esses anos com base nesta aliança. Se ele achar inconveniente manter essa coligação agora, precisa nos comunicar. Da nossa parte, como a direção nacional do partido, a bancada de senadores e de deputados deseja que eu volte para o Senado, afirma ser essa a prioridade, não estamos cogitando alternativa a não ser a coligação”, disse. Os três senadores paranaenses, Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães e Flávio Arns, todos do Podemos, participaram, nesta segunda-feira, do evento "Estrela ADVB/PR - As perspectivas do nosso mercado pelo olhar dos Senadores do Paraná".

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Guto Silva e Paulo Martins também de olho na vaga do Senado

Apesar da coligação antiga com o Podemos, Ratinho Junior vê outros aliados reivindicando a vaga de candidato ao Senado em sua chapa, como o PP, que trabalha o nome do ex-secretário da Casa Civil Guto Silva e o PL, que condiciona a aliança entre o governador e o presidente Jair Bolsonaro à presença na chapa majoritária, com o deputado federal Paulo Martins sendo indicado como pré-candidato ao Senado.

O trunfo de Alvaro Dias para confirmar a aliança é a possibilidade de lançar-se como candidato ao Governo o que aumentaria as chances de segundo turno na eleição no Paraná. “Se a coligação não ocorrer, aí surge um movimento forte no estado por candidatura própria ao governo. E eu não posso desconsiderar, porque sou movido a convocações. De repente, o partido me convoca e sou obrigado a atender a convocação”, disse.

Assim, o senador disse esperar uma definição de Ratinho Junior em até duas semanas. “Eu disse ao Ratinho Junior, há poucos dias, que nós precisamos, lealmente, decidir e encerrar essa discussão. Espero que o quanto antes, porque é uma questão de lealdade, pois apoiamos o governo dele até agora. Mas é preciso ter reciprocidade nessa lealdade. Então queremos uma posição logo do governador para que possamos ou aceitar essa composição imediatamente, ou discutir o plano B. E esse logo é uma semana, ou duas”, concluiu.