A rádio CBN Curitiba mudará de dono e de frequência a partir de 1º de novembro. Todos os funcionários da emissora foram informados, nesta segunda-feira (18), que o Grupo JMalucelli não conseguiu renovar o contrato com a rede do Sistema Globo de Rádio, perdendo a bandeira e o direito de retransmitir a programação nacional do veículo. A CBN Curitiba será absorvida pelo empresário Amarildo Lopes, proprietário da CBN Londrina e que, recentemente, comprou outra rádio curitibana, a Transamérica Light.
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Assim, a partir de novembro, a CBN deverá ser sintonizada em uma nova frequência, a 95.1, onde hoje toca a Transamérica Light. A concessão da frequência 90.1 segue pertencendo ao Grupo JMalucelli.
O rompimento entre os grupos Globo e Malucelli já era especulado há alguns anos devido a alguns descontentamentos da Rede CBN. Um dos principais fatores seria o fato de a J. Malucelli concentrar a concessão, também, da principal concorrente da CBN no país, a Rádio Band News.
Em nota, o Grupo JMalucelli Comunicações confirmou que “deixará de transmitir, a partir de 31 de outubro de 2021, as notícias da Central Brasileira de Notícias (CBN), em Curitiba, da qual é parceiro desde 2004, portanto, há 17 anos”. Segundo a nota, o contrato terminaria em 31 de dezembro, mas o empresário Joel Malucelli pediu antecipação do encerramento para 31 de outubro.
“Nossa parceria, com a direção da CBN, sempre se pautou pelo profissionalismo, com destaque na produção de conteúdo noticioso de rádio na capital paranaense e região metropolitana, bem como na retransmissão das notícias da Rede CBN. Aprendemos, neste período, a solidificar nossa missão no rádio, e agradecemos à direção da rede e seus profissionais, que nos honraram com conhecimento”, diz Joel Malucelli, na nota, que informa, ainda que o grupo seguirá com a Band News Curitiba, produzindo conteúdo na capital paranaense e região metropolitana e transmitindo as notícias da rede, comandada pelo Grupo Bandeirantes.
Pedido de direito de resposta da rádio 90.1 FM LTDA
“Em matéria veiculada no site da Gazeta do Povo em 18/10/2021, o jornalista Roger Pereira afirmou que a Rádio CBN não teria conseguido renovar o seu contrato com o grupo Globo porque (i) a JMalucelli, proprietária da emissora, também seria concessionária de outra rádio concorrente; (ii) porque o seu titular estaria envolvido na “Operação Rádio Patrulha”, do Ministério Público, e, porque, finalmente, (iii) o Grupo JMalucelli teria firmado um acordo de leniência admitindo a prática de irregularidades em contratos com o governo do Paraná.
Exceto pela notícia sobre o término do contrato de concessão, todas as demais informações publicadas pelo jornalista são errôneas e induzem o leitor a erro, uma vez que:
Primeiro: até a notificação de não renovação por parte da Rádio Excelsior (“Rede CBN”), ocorrida em 28/09/2021, não houve qualquer tratativa – formal ou informal – de extensão do prazo contratual entre as partes.
Segundo: nos contatos pessoais e por escrito via carta, telefone, e-mail ou WhatsApp, entre os representantes da Rede CBN e da Rádio 90.1 FM, jamais existiu alegação ou insinuação de que a concessão da Rádio Band News ao grupo JMalucelli seria fator de rescisão do contrato de veiculação da CBN em Curitiba.
De igual modo, nunca se falou entre as partes sobre a Operação Rádio Patrulha, sobre seus envolvidos ou eventuais efeitos de tal investigação sobre o contrato de concessão da CBN, daí porque resta claro que as informações feitas pelo jornalista da Gazeta do Povo são fruto apenas de sua mente criativa, e não de fonte confiável devendo ser veementemente rechaçadas.
Terceiro: o acordo de leniência citado na reportagem não envolve o grupo econômico JMalucelli nem a ele se estende, a título solidário ou subsidiário eis que limitado a apenas 3 (três) pessoas jurídicas que o integram.
Essa informação é de caráter público e sua manipulação constitui maliciosa tentativa de tratar o todo pela parte, quando se sabe que o grupo JMalucelli é formado por um universo de mais de 80 (oitenta) empresas, sem que a Rádio 90.1 FM jamais tenha sido investigada nem citada em operação policial alguma.
A Rádio 90.1 FM não apenas foi excluída de qualquer investigação ou acordo com o MP – porque, como dito, nunca foi referida em qualquer procedimento criminal – como também divulgou amplamente todas as operações das autoridades policiais e do Ministério Público, em âmbito local ou nacional, inclusive a “Operação Rádio Patrulha”, sempre que tais fatos foram notícia.
A tentativa de “embaralhar” os fatos e empresas e encobrir a verdade não pode, nem deve prosperar, sob pena de se subverter por completo o papel do jornalismo informativo.
Quarto: o prazo contratual entre a Rede CBN e a Rádio 90.1 FM foi abreviado em 60 (sessenta) dias para 31.10.2021, de comum acordo entre as partes e por iniciativa da Rádio 90.1 FM, dentro de um espírito de absoluta tranquilidade e de mútuas concessões, inclusive dispensa do pagamento de multas e encargos, sem o veneno nem a interferência dos “fatores” especulados na matéria.
Em quinto e último lugar: as falsas informações e associações indevidas lançadas na matéria objeto da presente resposta causam prejuízos ao nome e à imagem da Rádio 90.1 FM, cuja trajetória de bons serviços prestados ao jornalismo curitibano e paranaense é incontestável, sendo necessária a presente resposta para que se restabeleça a verdade, em respeito ao leitor.”
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