| Foto: Sandro Nascimento / Alep
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Primeiro suplente da coligação PP/PTB/DEM/PSDB/PSB nas eleições de 2018, Elio Rusch deverá assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná. Ele retorna após a cassação de mandato do deputado estadual Fernando Francischini (PSL) e a perda de cargo de outros três deputados eleitos pelo partido, por conta da recontagem dos votos desconsiderando os 427 mil votos de Francischini.

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Rusch, que já assumiu uma vaga na Assembleia, interinamente, por dois períodos de seis meses durante as licenças maternidades de deputada Maria Victória (PP), deverá exercer, na soma, pouco mais que a metade de um mandato. Mas chegar ao período eleitoral do ano que vem com uma cadeira na Assembleia fez o deputado rever os planos de aposentadoria.

“Fui deputado por sete mandatos. Estive na Casa por 28 anos seguidos. Quando fiquei na suplência nesta última eleição, tomei a decisão de encerrar a vida pública, não me candidatar mais. Mas, agora, o quadro muda. Tudo é ainda muito recente, mas vamos analisar todo este novo cenário com muita cautela para pensar o ano que vem”, disse o futuro deputado, que recebeu 32 mil votos em 2020.

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Atualmente ocupando o cargo de corregedor da Assembleia, Rusch disse que não contava com a possibilidade de voltar ao posto de deputado, afirmando desconhecer, até a última semana, o processo contra Francischini. “Foi uma decisão que pegou todo mundo de surpresa. Eu só soube da existência deste processo na semana passada, quando ele foi pautado no TSE e vocês noticiaram. É uma decisão traumática para a Assembleia, mexe com vários deputados, mas é a determinação da Justiça Eleitoral. Eu não tenho nada a ver com a história, vamos aguardar o recurso dele ao Supremo e o comprimento da decisão pelo TRE. Mas, se eu entro pela nova soma de votos, cumprirei esse pouco mais de um ano de mandato”.

Para Elio Rusch, o período de um ano e um mês com mandato efetivo, “se confirmada a decisão”, será bem diferente dos dois períodos de seis meses que ocupou o plenário da Assembleia como interino. “Eu estava substituindo a Maria Victória, sabendo a data que ela voltaria e, com todo o respeito, mantive a estrutura de gabinete dela, dei sequência ao trabalho dela. Agora, o mantado será meu. Montarei meu gabinete, terei a minha equipe e trabalharei as minhas pautas: o desenvolvimento do Paraná, as causas da Região Oeste do estado e o atendimento localizado às demandas da minha base”, disse. Na prática, a "desaposentadoria" dos gabinetes já chegou.