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Após rescisão de contrato pela segunda vez, obra no lote 4.1 da Linha Verde está parada desde dezembro de 2021.
Após rescisão de contrato pela segunda vez, obra no lote 4.1 da Linha Verde está parada desde dezembro de 2021.| Foto: Rodrigo Cunha/Tribuna do Paraná

A nova licitação do lote 4.1 da Linha Verde, que envolve o trecho do Trevo do Atuba, em Curitiba, teve apenas um consórcio participante. E, deste consórcio, faz parte uma das empresas anteriormente responsável pela obra, que teve o contrato rompido pela Prefeitura de Curitiba em dezembro do ano passado, por não ter conseguido realizar a obra dentro do prazo: a TCE Engenharia (Triunfo Comércio e Engenharia). A situação foi alvo de um pedido de informações da vereadora Indiara Barbosa (Novo).

Em consórcio com a Construtora Triunfo, a TCE Engenharia venceu a segunda licitação do lote 4.1 em 2019 (o primeiro contrato também foi cancelado por descumprimento nas entregas), com prazo para a conclusão da obra em novembro de 2021. Em dezembro do ano passado, com apenas 20% do serviço realizado, a prefeitura decidiu romper o contrato e realizar nova licitação.

No pregão mais recente, cujos envelopes de propostas foram abertos no último dia 15 de junho, a TCE Engenharia, ao lado da Compasa Distribuidora de Derivados de Petróleo (uma empresa de asfalto), apresentou a única proposta para assumir o remanescente da obra.

O contrato de 2019 previa o custo total da obra em R$ 70 milhões. Pelo 20% realizados, a prefeitura pagou, ao antigo consórcio, R$ 15 milhões. Com as atualizações monetárias, o saldo a ser pago para a conclusão do contrato era de R$ 68 milhões. Na proposta apresentada em 15 de junho, o novo consórcio formado pela TCE Engenharia previu o custo de R$ 124,7 milhões para a conclusão do trecho da Linha Verde. Quase o dobro do valor que receberia se tivesse concluído a obra no ano passado.

No pedido de informações, a vereadora Indiara questiona se não há, no edital, algum dispositivo que impeça a participação de empresa que descumpriu o contrato participe novamente do certame e se esse impedimento já não é imposto pela Lei 8.666, a Lei de Licitações. A vereadora também questiona se houve alguma penalidade às empresas participantes do consórcio anterior e quais serão as medidas administrativas, ferramentas e processos de fiscalização que a Prefeitura irá utilizar para que não se repita o ocorrido no contrato rompido no ano passado.

A Prefeitura de Curitiba informou à Gazeta do Povo que o processo licitatório ainda não foi concluído e que a proposta, bem como a documentação de habilitação das empresas integrantes do consórcio, está em análise pela Comissão de Licitações e pela Secretaria Municipal de Obras Públicas. O pedido de informação da vereadora ainda tramita na Câmara.

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