Em 2020, Ibama fiscalizou toda a carga de madeira que chegou ao Porto de Paranaguá| Foto: Albari Rosa/gazeta do povo
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O chefe do Ibama em Paranaguá, Antônio Fabrício Vieira, foi exonerado dias depois de emitir um relatório em que apontou ter reforçado a fiscalização no porto da cidade e de pedir melhores condições de trabalho. A exoneração ocorreu na segunda-feira (19), em um documento assinado pelo superintendente do Ibama no Paraná, que alegou, apenas, “necessidade de readequação da estrutura do órgão no estado”.

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No início do mês, Vieira havia emitido relatório das atividades de 2020, informando ter vistoriado 100% das cargas de madeira nativa a serem exportadas pelo Porto de Paranaguá. Segundo o relatório, as cargas correspondem a um volume avaliado em R$ 301 milhões e que rendeu 792 processos. No mesmo documento, ele lembrou que, apesar do grande volume de demandas, a unidade conta com apenas três servidores e argumentou que precisaria de pelo menos cinco analistas ambientais para dar conta dos processos represados. Além disso, Vieira cobrou a reforma da sede administrativa do Ibama em Paranaguá, que está interditado pela Defesa Civil por falta de conservação e de risco para as pessoas, precisa de reforma imediata.

A exoneração dele, logo após a divulgação do relatório de fiscalização, surpreendeu entidades ligadas ao meio ambiente, que criticaram a decisão. A presidência do Ibama informou, em nota, que “não há nenhuma relação entre a decisão de substituição e qualquer operação do órgão”.

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