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Nelson Justus na cadeira de presidente da CCJ,, ao lado do vice, Márcio Pacheco
Nelson Justus na cadeira de presidente da CCJ,, ao lado do vice, Márcio Pacheco| Foto: Dalie Felberg / Alep

O deputado estadual Nelson Justus (DEM) foi eleito, nesta terça-feira (16), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná, assumindo a vaga aberta com a cassação do ex-deputado Fernando Francischini (PSL), que presidia o grupo. Justus foi eleito por aclamação, sendo candidato único à vaga, em um processo que durou menos de três minutos.

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Até a última semana, o vice-presidente da comissão, Marcio Pacheco (PDT), também se apresentava como pré-candidato à presidência da CCJ, mas acabou recuando, retirando seu nome e permanecendo na vice-presidência da comissão após as articulações de Justus. Pacheco tinha a expectativa de, na qualidade de vice-presidente, assumir automaticamente a presidência da comissão com a saída de Francischini, mas o regimento interno da Assembleia prevê a realização de nova eleição - cobrada por Justus, a Mesa convocou o pleito para esta terça-feira.

Presidente da CCJ nas duas legislaturas anteriores, entre 2011 e 2018, Justus chegou a lançar-se candidato à presidência da comissão também na atual legislatura, mas acabou retirando seu nome depois que as negociações internas da Assembleia indicavam a eleição de Francischini. Deputado mais votado em 2018 e elegendo a maior bancada da Casa, o então parlamentar do PSL abriu mão de uma posição de destaque para o partido na composição dos cargos da Mesa Executiva (que obedece a proporcionalidade partidária) em troca da presidência da CCJ, considerada a comissão mais importante do Poder Legislativo, por onde passam todos os projetos em trâmite na casa e que, por isso, sua pauta acaba ditando, também a pauta do plenário da Assembleia.

Um dos decanos da Assembleia, cumprindo seu oitavo mandato consecutivo, Nelson Justus, antes de presidir a CCJ, foi presidente da Casa, entre 2007 e 2010, na gestão que foi marcada pelo escândalo dos Diários Secretos. O deputado ainda responde a processos relativos ao caso.

“Vivemos um momento muito difícil e assumir a presidência da CCJ, a comissão mais importante desta casa, nas condições em que assumo é até um pouco bizarro, porque o meu antecessor, deputado Fernando Francischini, foi o deputado mais votado da história do Paraná. É algo que tem que ser respeitado, mas, surpreendentemente, quis a Justiça Eleitoral que ele fosse afastado de suas funções”, disse Justus ao ser empossado. O deputado fez um agradecimento a Pacheco por ter compreendido a necessidade da eleição e recuado da candidatura. “O regimento interno é claro – havendo a vacância, são feitas novas eleições para a presidência da CCJ. Eu não posso deixar de fazer um agradecimento especial ao vice, Márcio Pacheco, que tinha como vice a intenção natural de assumir a presidência. Isso não ocorreu porque tem que haver eleição”, afirmou, prometendo fazer uma “gestão bastante profícua num ano difícil, em que temos que ser o mais célere possível, analisando com muito equilíbrio para errar o menos possível”.

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