O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) afirmou, nesta segunda-feira, durante a cerimônia de diplomação dos eleitos que irá tirar as rodovias estaduais do projeto de concessão do pedágio paranaense caso o governo federal altere o modelo de concessão para um pedágio de manutenção. O governador disse que o Paraná quer obras nas rodovias do estado e não vai aceitar uma concessão que preveja apenas “cortar mato, pintar faixa e tapar buraco”, o que chamou de “pedágio caipira”.
“Nós vamos continuar defendendo o que nós já defendemos no governo do presidente (Jair) Bolsonaro (PL), que é o leilão pela menor tarifa, na Bolsa de Valores, porque isso dá transparência e dá oportunidade para o mundo inteiro vir participar. E um ponto que não abrimos mão são as obras. Essa conversa do pedágio caipira que se fala, que é o pedágio só de manutenção, o Paraná não vai ser enganado de novo, como foi durante 30 anos. Nós queremos obra, nós temos que ter Foz do Iguaçu a Curitiba duplicado, Guaíra a Curitiba duplicado, temos que ter Jacarezinho a Curitiba duplicado. Essa questão de vir nos empurrar um pedágio só de manutenção, pintar a faixa, cortar mato e tapar buraco, não serve. Então nós estamos abertos ao diálogo. Nós queremos, obviamente, achar a melhor solução, mas obviamente com algo que avance o Estado do Paraná com obras importantes, e não pode ficar pintando apenas o asfalto”, disse o governador.
Após o fim das concessões de rodovias contratadas em 1997 pelo governo do Paraná, o governo federal desenvolveu um novo modelo de concessão para o estado. Por conta de diversas alterações na proposta original, o novo pedágio não foi licitado até o final da atual gestão. E o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu revisar o modelo de pedágio do Paraná, alterando para um pedágio de manutenção, com tarifa mais baixa (prometeu R$ 5,00), enquanto a tarifa média do novo leilão estava em torno de R$ 16,00.
“Temos que agora esperar o novo governo que vai assumir em Brasília para que ele apresente a sua modelagem. Espero que seja próxima daquilo que nós defendemos, que é o menor preço e que seja na Bolsa de Valores, com obras. Se a gente conseguir avançar numa modelagem que seja o ideal do Paraná, nós vamos manter as estradas estaduais. Se isso não acontecer, quiser empurrar um pedágio que é apenas de manutenção para cortar mato, eu vou fazer nas nossas estaduais, independente do governo federal, um pedágio próprio”, concluiu o governador, ameaçando não delegar à União as rodovias estaduais que correspondem a 30% do plano de concessão.
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