O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) anunciou, durante a cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos em outubro, que o Estado pretende privatizar sua Companhia Estadual de Gás, a Compagas, em 2023. A Compagas, hoje, é um ativo da Companhia Paranaense de Energia (Copel), cuja proposta de privatização foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná em novembro. No mesmo projeto, a Assembleia autorizou a Copel (e o Estado) a abrir mão do controle acionário de suas subsidiárias.
“O que nós vamos fazer é um grande projeto de gás, de distribuição de gás no estado do Paraná. Isso com a privatização da Compagas. Hoje, o Brasil inteiro, o mundo inteiro, está (com o gás) no setor privado e o poder público não acompanha os investimentos que são necessários para fazer essa ampliação do gasoduto do nosso Estado. Para que a industrialização possa estar no interior”, disse o governador. “Isso está programado para até julho do ano que vem fazermos a renovação da concessão do gás. E, depois a gente faz a privatização da Compagas” acrescentou.
O governador aproveitou para defender o projeto que permite ao estado abrir mão do controle acionário da Copel, transformando a companhia em uma corporação sem acionista controlador, que foi aprovado em menos de uma semana de tramitação no Legislativo. “Tem três estados do Brasil que ainda tem esse modelo estatal que atrasa, que não tem velocidade para acompanhar o setor privado. Importante registrar que o Paraná continua sendo o sócio majoritário da Copel. Então quer dizer, nós não estamos abrindo mão de o Estado ainda ter, de certa forma o comando, né? O Estado continua sendo dono da Copel. Nós temos a garantia para os funcionários da Copel também de empregabilidade. E o Estado tem o poder de veto. Quer dizer, os gestores terão que cumprir aquilo que está no contrato. Acima de tudo, a empresa continua sendo do Estado e o que vai diferenciar a Copel é que a Copel vai ter mais velocidade. Nós queremos transformar a Copel na maior empresa do Brasil”, disse.
Ratinho Junior ainda admitiu que o Estado pretende terceirizar o máximo possível dos serviços públicos. “Temos a parte de terceirização, aquilo que não é poder de polícia, aquilo que a gente pode avançar para liberar. Vamos assim liberar o funcionário de carreira para fazer aquilo que está no seu concurso público para aquilo que ele prestou. Também vamos avançar para dar mais dinâmica à máquina pública. Ela tem que ser repensada. Isso no mundo inteiro, justamente para acompanhar a velocidade da sociedade. Mas a gente está vendo aí, cada dia mais a sociedade mais dinâmica, a tecnologia, cada dia mais na vida das pessoas e o poder público tem que acompanhar. Se a gente ficar olhando pra década de 1980, como era a máquina pública e até hoje acabou sendo, nós vamos ficar pra trás. E o Paraná tá conquistando essa transformação. Sendo a locomotiva do Brasil econômica, de geração de emprego, de sustentabilidade, de qualidade do ensino, justamente porque nós estamos impondo uma visão moderna do Estado”, afirmou.
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