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Caricatura. Outra dica de livro
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Já que falamos de Belmonte (Benedito Bastos Barreto – 1896-1947) e do recente livro sobre o cartunista, com organização e apresentação de Gonçalo Júnior (Editora Três Estrelas, 160 páginas), citando o personagem Juca Pato*, há que se indicar outra obra: História da Caricatura Brasileira, de Luciano Magno. O primeiro volume foi lançado no fim de 2012, com a promessa de mais cinco ou seis tomos. Afinal, vai dos pioneiros à consolidação da caricatura no Brasil.

São 528 páginas, 90 capítulos e mais de 700 imagens em um livro de arte de 24 por 32 centímetros, com 3,5 quilos. A obra, da Gala Edições de Arte, chegou, inclusive, a ser lançada em Curitiba, em 2013, com a presença do autor. Que, aliás, extrema cortesia, deixou um exemplar para um tal de Pancho, com dedicatória “ao colega de traço”. Bondade de amigo.

Resgate e revisão da história

A História da Caricatura Brasileira examina a trajetória e a produção dos protagonistas da caricatura no Brasil desde o século XIX até a época contemporânea. O objetivo: “resgatar e revisar a história da caricatura brasileira, mapeando a nossa produção gráfica, dos primórdios até os dias de hoje, com registros e análises biográficas sobre a trajetória e a obra dos principais caricaturistas brasileiros, oriundos de vários Estados”. Outro objetivo, por supuesto, ainda conforme a apresentação dos editores: revelar artistas dessa área que não foram contemplados ou sequer citados em estudos anteriores.

Assim, o trabalho “refunda a caricatura no Brasil, estabelecendo novo marco inaugural e fundador dessa arte no país, reconhecendo a charge publicada no periódico pernambucano O Maribondo como a primeira caricatura brasileira, refundando a data da caricatura no Brasil para 25 de julho de 1822. Ao mesmo tempo, destaca a importância, também precursora, da série de estampas caricaturais de Manoel de Araújo Porto-Alegre, um marco dessa arte em nosso país. Um dos pontos de ineditismo da obra é o fato de revelar, pela primeira vez, ou de forma detalhada, caricaturistas que não foram contemplados ou sequer citados nos estudos anteriores. Caso de inúmeros artistas desse primeiro volume; Leopoldo Heck, Assis, Carneiro Vilella, Luiz Távora, Maurício Jobim, que estão dignamente resgatados.

– A obra tem o mérito ainda de recuperar as primeiras aparições – um antecedente histórico – do desenho de humor no Brasil, como a obra do curitibano João Pedro, O Mulato, e de revelar, em um estudo clássico e abrangente, a produção pioneira pernambucana. O surgimento da aventura da caricatura no Brasil, com a apresentação de centenas de artistas do século XIX, em noventa capítulos, é o tema do primeiro volume dessa obra”.

É isso. Vale a pena ir atrás.

*Para quem não conhece, na charge abaixo temos breve aparição e reverência ao sensacional Juca Pato do Belmonte.

ENQUANTO ISSO…

 

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