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Chove chuva, chove sem parar
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O óbvio, o esperado. Nos últimos dias, o comentário que teimou e bateu ponto em qualquer canto de Curitiba, principalmente nos botecos, foi um só:
– Mas que chuvarada, né?
De olho no nível das águas do pequeno riacho que passa junto à mansão da Vila Piroquinha, Natureza Morta procurou o lado bom de tanta chuva ininterrupta.
Concluiu que, pelo excesso de uso, dispositivo sempre operante, o tempo fez a alegria do pessoal que conserta limpador de para-brisa. Desse pessoal e, nem tanto, de quem vende guarda-chuva. Afinal, do jeito que a coisa andava, agravada pelo frio, a freguesia – de maneira compulsória – praticamente desapareceu das ruas.

Pela manhã e final da tarde

Igualmente, quem deve estar desesperado é o cidadão que, para garantir alguns trocados, sai passear diariamente pelo bairro com os finos e elegantes cachorrinhos de hoje. Não dele, é claro.
Segundo Beronha, já choveu tanto na cidade desde o final de semana que ele não vai aguentar ouvir pelos próximos meses a sua música preferida, aquela de Jorge Bem Jor, de 1963, “Chove chuva, chove sem parar”.

Situação do terreno

A situação – “tempo chuvoso, gramado lamoso e escorregoso” – chegou a tal ponto que o nosso anti-herói de plantão já andou sondando Natureza.
Queria saber se o tal deserto do Atacama ficava por perto.
Atacama é o deserto mais árido do mundo, explicou-lhe o solitário da Vila Piroquinha. Além de ser o mais alto, fica no Chile.
– Não faz mal. Não tenho medo de altura e a gente leva umas brahminhas da Antarctica para amenizar o calor, rebateu.
Além disso, garantiu que iria junto o bolachão do Jorge Bem.
E se mandou, feliz da vida, cantarolando:
Chove chuva, chove sem parar…
Pois eu vou fazer uma prece
Pra Deus nosso senhor
Pra chuva parar de molhar
O meu amor…

ENQUANTO ISSO…


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