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Correndo atrás da malvada
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Indisfarçável torcedor do Barcelona, em especial do Messi, professor Afronsius ficou meio embasbacado com os tropeços do time diante do Real Madrid, na semana passada. Quatro dias depois de perder por 3 a 1 e ser eliminado da Copa do Rei, o clube catalão voltou a levar chumbo, sábado, pelo Campeonato Espanhol (2 a 1).
Mas ficou irritadíssimo mesmo com alguns dos tradicionais comentários de certos torcedores:
– Não disse? Um timinho.
– Messi? Esse cabra nunca me enganou…
Pior mesmo foi ouvir de Beronha, que anunciou após o jogo ter sido um “èlo”.
– Èlo?
– É, um olé ao contrário.

De Giraudoux a Batatais

Para acalmar o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, Natureza Morta citou Jean Giraudoux, para quem “a bola não admite truques – só efeitos sublimes”.
E, já que entrou nessa área, optou pela grande área de Armando Nogueira.
Numa crônica publicada no dia 12 de setembro de 1962, e que passou a integrar seu livro “Na Grande Área”, Edições Bloch, 1966, temos Batatais. O jornalista diz que, infelizmente, não chegou a ver o jogador em ação, mas, em conversa com ele, Batatais contou um sofrimento que lhe ocorrera nos Fla-Flus de sua época: marcar Leônidas.
“Córner contra o Fluminense, ele corria ao ouvido do Machado, “toma conta do Leônidas”; fazia sinal para o Brant: “Cuidado com o Leônidas que ele vem lá de trás ao encontro da bola”; gritava para o Orozimbo: “Atenção com o Leônidas”. Por fim, ele, Batatais, ficava de olho no Leônidas, com planos de segurá-lo sutilmente pela camisa.
Córner cobrado, bola na área, gol de Leônidas.”
Futebol tem dessas coisas. Ainda bem, caso contrário seria um Himalaia de chatice.

ENQUANTO ISSO…


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