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Criaram o monstro…
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A cruzada contra o fumo (ou fumantes, em casos mais específicos) continua. Como Natureza Morta costuma dizer, tirar o gênio da garrafa é fácil. Problema é colocá-lo de volta.
Tanto que, como noticiou a briosa, brava e indormida imprensa, um quinto da população curitibana é formada por fumantes, indicou uma pesquisa do Ministério da Saúde, realizada no ano passado.
A capital paranaense é a terceira do país com o maior índice : 19,3%. Perde para Florianópolis (20,2%) e Porto Alegre (22,5%).
Beronha:
– Estamos na rabeira, mas continuamos na luta para superar a desvantagem…

O motivo de cada um

Ano 1957, janeiro. Estamos em Sierra Maestra. Entre os 82 “náufragos” do Granma, “protegidos pelos matagais”, Ernesto Che Guevara. Que, como se sabe, era asmático. Conforme os diários do guerrilheiro, “eram horas felizes em que eu saboreava meus primeiros cigarros. Aprendi a fumar para espantar certos mosquitos demasiadamente agressivos. Até que entrou em mim a fragrância da folha cubana”.
Há muitos outros fumantes – fumantes pelas mais variadas razões – cuja imagem está ligadíssima ao tabagismo. Ou tagabismo, como às vezes diz o nosso anti-herói de plantão. Natureza cita Winston Churchill e o general MacArthur:
– É possível imaginar o Douglas sem o cachimbão de fornilha de milho?
– Fornilha é um pequeno forno? – pergunta Beronha.
– Não exatamente. É a parte do cachimbo onde é colocado o fumo.

Depende da ocasião

Não se trata aqui de fazer a apologia do vício, até porque Beronha não fuma.
– Só quando há condições de serrar um. Só queimo o famoso se mi dão
Natureza admite que, em determinada época, foi muito tentado pelo vício. Culpa de Carlos Gardel e Dalva de Oliveira. Ele ficava ouvindo Fumando Espero, de Gardel, na voz de Dalva:
Fumar é um prazer/que faz sonhar/fumando espero aquele a quem mais quero/se ele não vem/então me desespero/enquanto eu fumo/depressa a vida passa/e a sombra da fumaça/me faz adormecer/e assim sempre a fumar, sonhar, amar…
Ou, no original:
Fumar es un placer, genial, sensual/fumando espero a la que tanto quiero/tras los cristales de alegres ventanales/y mientras fumo mi vida no consumo/porque flotando el humo me suelo adormecer/Tendido en mi sofa, fumar y amar…
Para encerrar, já que acabou (há muitos anos) o maço de Luiz XV, o sempre preciso comentário do amigo Ângelo, o da Volvo:
– Antigamente, fumar era bonito, desmunhecar era feio. Hoje é o contrário.

ENQUANTO ISSO…


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