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Nesta quarta-feira, às 10 horas, Natureza Morta pretende, com todo respeito, amarrar o pingo na frente da Câmara Municipal. Apear e participar da sessão solene de promulgação da Carta Tropeira de Curitiba. A Carta será entregue como documento oficial à ONG NATA – Projeto Tropeiro Brasil, a instituições oficiais e privadas, educacionais, culturais e setores afins.

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No dia 10, em reunião pública, a Câmara reconheceu e validou o tropeirismo como “fenômeno social, educacional, cultural e econômico, fundamental dentro da história do município”. Foi instituído o Dia da Memória Tropeira de Curitiba, a ser comemorado no dia 19 de setembro.

O que seríamos sem os tropeiros?

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A importância é identificada não só na formação e desenvolvimento da cidade e do próprio estado do Paraná, mas também “nos hábitos e costumes da sociedade, na integração nacional e no enriquecimento histórico, cultural e econômico do Brasil”.

A contribuição histórica do tropeirismo vai da sustentabilidade ao manejo ambiental e a valores sociais dos saberes e fazeres, sobretudo na gastronomia, arte, medicina, ofícios, religiosidade e na botânica, difundidos pelo movimento tropeiro a partir do século XVIII.

Próximos passos

Como o avanço do tropeirismo exige mais coisas, com a palavra Carlos Roberto Solera, presidente do Núcleo de Amigos da Terra e Água – NATA, e Eleni Cássia Vieira, diretora técnica do Núcleo. Abre e fecha aspas:

– Pretende-se criar uma Frente Parlamentar Municipal em Apoio e Valorização do tropeirismo, entre outras medidas, como a formação de um grupo de acompanhamento de orientação a editais para o segmento do tropeirismo; transformação do Parque dos Tropeiros de Curitiba em Centro de Difusão Cultural Estudos, Pesquisas e Capacitação Profissional; apoio para realização de eventos ligados às atividades do tropeirismo, tais como, cavalgadas, tropeadas, desfiles, festivais culturais e esportivos, encontros, congressos, exposições, etc.; apoio à elaboração de livros, cartilhas e produtos audiovisuais e musicais, relacionados à temática; apoiar a realização de amplo inventário municipal sobre o tropeirismo; apoio para que o tema tropeirismo seja considerado conteúdo nas matérias de História, Geografia e correlatas, na grade de educação básica municipal, conforme determina a Lei 13.381/01; digitalização dos documentos, atas e boletins históricos da Biblioteca da Câmara Municipal e outras instituições, com intuito de promover a preservação da memória escrita e impressa; apoiar à efetivação das Leis 10639/03 e 11645/08, que tratam da valorização das contribuições africanas, afro-brasileiras e indígenas na formação de nossa sociedade, e, em especial, no tropeirismo; elaboração do arquétipo paranaense do homem tropeiro; incentivo à cultura tropeira nas festas culturais da cidade; reconhecer nos documentos oficiais, o nome do tropeiro Paula Gomes como Francisco Paula e Silva Gomes, a fim de evitar equívocos sobre sua história e importância como personagem do tropeirismo paranaense; apoio à formatação de roteiros turísticos culturais em Curitiba e região metropolitana, relacionados à cultura do tropeirismo.

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Patrimônio cultural da humanidade

Mais ainda: apoio à titulação do Homem Tropeiro brasileiro como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo IPHAN, por intermédio do Projeto Tropeiro Brasil; e para obtenção da Declaratória ao Homem Tropeiro brasileiro como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco.

Não é pouco, mas o tropeiro merece.

ENQUANTO ISSO…

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