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A conversa girava em torno de cinema. Cinema brasileiro. Aí, alguém citou Cinco Vezes Favela, de 1962, apontado como um dos pilares do que passaria a ser chamado Cinema Novo. Traz, por supuesto, cinco episódios, dirigidos por Marcos Farias, Miguel Borges, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman.

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Na produção, o Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional dos Estudantes (UNE). Trilha sonora composta por Carlos Lyra (Escola de Samba Alegria de Viver e Couro de Gato), Hélcio Milito (Pedreira de São Diogo), Mário Rocha (Um Favelado e Zé da Cachorra) e Geraldo Vandré (Couro de Gato).

O grupo sabia do que estava falando. Cinema. Até que um deles colocou em xeque os demais:

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– Por que o nome favela?

Silêncio, até que veio a resposta:

– Vem do nome de um arbusto típico da região de Canudos, interior da Bahia. Em 1897, com o fim da Guerra de Canudos, contra Antônio Conselheiro, os soldados (a maioria negros) foram completamente abandonados e migraram para a capital, o Rio de Janeiro. Onde morar? Nos morros. O primeiro a ser ocupado foi o da Providência, que passou a ser conhecido como Morro da Favela, em referência à vegetação de Canudos, onde havia um morro chamado favela.

A Guerra de Canudos começou em 1896. De um lado, o governo, latifundiários e os poderosos de sempre; do outro, fanáticos, jagunços e sertanejos sem trabalho.

ENQUANTO ISSO…

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