Os 75 anos do Superman, tema do G Ideias, com belíssima edição de textos e imagens idem, levaram professor Afronsius a comentar a briga dos heróis fora dos quadrinhos.

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Natureza Morta, que costumava trocar gibis em frente ao Cine Curitiba, tempos cada vez mais remotos, aprovou o tema do dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha. Beronha, com pose de Academia Brasileira de Letras (até o FHHC chegou lá), ficou só de butuca.

Uma turma da pesada

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Foi em 1933 que a King Features Syndicate decidiu enfrentar Buck Rogers e Tarzan, estrelas da empresa concorrente Pulitzer Syndicate. Promoveu um concurso, algo como “procura-se um novo herói”.

O genial Alex Raymond ganhou fácil. E passou a desenhar não só Flash Gordon, mas Jim das Selvas. As primeiras aventuras saíram no New York American Journal, janeiro de 1934.

Em seguida, Raymond lançaria o Agente Secreto X-9, também por encomenda da King Features, já que era preciso enfrentar também o Dick Tracy, da concorrente.

Aventuras a custo zero

No Brasil, as tiras, inicialmente, ou muito inicialmente, circulavam nos jornais a custo zero. Ou seja, eles recebiam os desenhos já em clichê, não de zinco, mas de um material que lembrava plástico. Muito mais leve e igualmente eficiente na impressão.

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Assim, os jornais pequenos e médios, principalmente estes, embarcaram de carona. No meio das histórias, no entanto, vinha o aviso com nova oferta do mesmo produto. Só que agora inteiramente pago. Quem não aceitasse ficava pelo meio do caminho. O leitor das historietas também.

Ontem como em tudo hoje em dia, criava-se uma necessidade e, na sequência, para saciá-la, só mediante reembolso. A lógica do mercado.

Galeria de heróis

A pedido de Beronha, nosso anti-herói de plantão, a dupla, ou parelha, tratou de ir aos detalhes: criado em 1928, Buck Rogers, inicialmente Anthony Rogers, era personagem de novelas de Philip Francis Nowlan. Consagrou-se nos quadrinhos.

Dick Tracy saiu da prancheta de Chester Gould em 1931. A tira do tira permaneceu em ação até 1977. Já o Tarzan foi criado por Edgar Rice Burroughs, em 1912, e publicado em formato livro em 1914 . Hal Foster foi o primeiro artista a desenhar cowboy das selvas, em 1929. A partir de 1968 ele ganhou o traço inimitável de Russ Manning.

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Jim das Selvas, na matriz Jungle Jim, um Tarzan mais avançado a partir das roupas (nudez, não), pintou no cipó em 1934, pelos traços mágicos de Alex Raymond, a partir de histórias de Don Moore. No mesmo ano, Raymond e Dashiell Hammett – ele mesmo, o autor de O Falcão Maltês -, criariam o Agente Secreto X-9.  Jamais imaginariam que, no Brasil, décadas e décadas depois, principalmente em e no pós 1964, X-9 passaria a significar alcaguete, dedo-duro.  Era um misto de detetive particular e agente secreto. X-9 trabalhava para uma agência “altamente camuflada”. Quando foi conveniente, a agência passou a ser nominada – FBI.

Falar de Flash Gordon é chover no molhado, mas… Criado por Alex Raymond em 1934, FG derrotou os bandidos, mas levou a pior. Vice-campeão.

Tornou-se o segundo herói espacial das HQs, perdendo para o veterano Buck Rogers.

ENQUANTO ISSO…

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