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Máximas (e algumas mínimas)
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Sobre o jogo do Corinthians, domingo, em Lins…
Não toque nesse assunto, por favor! – reagiu prontamente Beronha, revelando-se um irascível fiel torcedor do Timão (tanto que exigiu que a frase saísse em negrito, para dar, sic, maior ressonância e impacto verbal), mas, prosseguindo, professor Afronsius evitou falar da derrota – e de virada, para o Linense.
Diplomaticamente, centrou o papo – centrou, mas não para o miolo da área – no simpático estádio Gilberto Siqueira Lopes da também simpática Lins e no atacante Pato.
Ao final da partida, entrevistado à beira do gramado, Alexandre Rodrigues da Silva, o Pato de Pato Branco, elogiou a torcida do adversário, dizendo, também, que voltou no tempo, sentindo-se como no início da carreira, no Internacional.
– Parecia Sarandi.
Não pareceu uma declaração irônica, mas uma lembrança de algo feliz. Assim sendo, palmas para o Pato, que, aliás, durante o jogo, foi alvo de um comentário mais do que rasteiro. O narrador disse que ele, num determinado lance, estava ciscando. E corrigiu:
– Se bem que pato não cisca.

Bola pro mato

Aproveitando a deixada de bola, Natureza Morta concordou, mas deu uma leve guinada no foco, pulando de assunto. Abrindo o livro Futebol e Palavra, de Ivan Cavalcanti Proença, Livraria José Olympio Editora, 1981, citou umas máximas do futebol.
De Max Nunes:
– Na Ilha (campo da Portuguesa), o vento sopra a favor e o juiz contra.
– Teu time está apto ou apito pra ganhar domingo?
Neném Prancha:
– Quem corre é a bola. Senão, era só fazer um time de batedores de carteira.
– Jogador é o Didi. Ele joga bola como se chupasse laranja.
Armando Nogueira:
– O drible é triunfo do eu da inspiração sobre o eu da obrigação.
– Jogador comum vê a jogada. Craque antevê.
– O mais dramático no destino do goleiro é que ele está ali para negar a dimensão da profundidade.
Jean Giraudoux:
– A bola não admite truques – só efeitos sublimes.

ENQUANTO ISSO…


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