Extintor de incêndio lembra cinto de segurança. Num ponto. Está sempre à mão. Mas, ao contrário do cinto, não basta retirá-lo do pedestal. É preciso saber usá-lo e em quais circunstâncias, já que existem diferentes tipos de fogo, conforme a origem. Para cada caso há um tipo de extintor específico. Mas quantas pessoas têm consciência disso e, pior, sabem, na prática, manusear um extintor?

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Salve-se quem puder

Na utilização do extintor, o sujeito chamado de pouca prática é um problema. O de nenhuma prática, problema ao cubo. Basta ver o caso envolvendo Beronha, que faz questão de ressaltar:

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– Não era eu que estava de fogo…

É que, princípio de um possível foco de incêndio no boteco, todo mundo saiu correndo, menos o nosso anti-herói de plantão. Intrépido, arrancou o extintor da parede e jogou o cilindro sobre o fogo. Resultado? Zero. O jeito foi sair correndo também, sem olhar para trás.

É a lei, mais uma

Determina a lei que todos os edifícios e carros devem ter extintores de incêndio – dentro do prazo de validade, é claro – e em lugares acessíveis. O problema: quem sabe usá-los?

E a coisa se complica porque existem diferentes tipos de fogo (segundo a origem) e para cada caso há um extintor adequado:

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Para incêndio Classe A, de materiais sólidos (madeira, papel, tecido, borracha), usa-se extintor à base de água ou de espuma.

Classe B, de líquidos inflamáveis (álcool, querosene, tintas, solventes, óleos, gasolina e outros combustíveis), usa-se o extintor com carga de pó químico ou gás carbônico.

Para incêndio Classe C, de instalações ou equipamentos elétricos (transformadores, fios, cabos e aparelhos), existe o extintor com carga de pó químico ou gás carbônico.

Sobre a origem

Caso o cabôco precise apagar um incêndio, é necessário identificar a origem para recorrer ao extintor mais indicado. Alertam os técnicos, por exemplo, que não se deve usar um extintor com carga de água para apagar um incêndio Classe B, porque ele pode propagar mais o fogo, nem de Classe C, devido aos riscos de curtos circuitos e choques elétricos.

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Passo seguinte. Faça um teste pressionando o gatilho ou abrindo a válvula. Posicione-se a uma distância segura. Caso esteja ventando, coloque-se em um ponto em que o fogo não venha em sua direção. Dirija o jato para a base das chamas e faça movimentos de um lado para o outro, como se você estivesse varrendo o fogo. Quando o fogo estiver se propagando verticalmente, mire na base e faça um movimento ascendente e lento.

Simples, não? A questão é que, mesmo moradores de grandes edifícios nunca tiveram uma aula prática. Muito menos sabem qual o peso de um extintor, que, no caso de pó químico, pode variar de 4 a 12 quilos.

Um breve treinamento, no fim de semana ou num feriadão, ajudaria muito. O Corpo de Bombeiros, sempre solícito e eficiente, pode auxiliar. Sem esquecer aquela mangueira dobrada que repousa numa caixa metálica com porta de vidro, nas proximidades do extintor.

Extintor nos corredores do prédio pode dar alguma sensação de segurança, mas, sem que se saiba utilizá-lo adequadamente, pode se tornar um perigo.

Vamos fazer a lição de casa?

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ENQUANTO ISSO…