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Papel, papelada. E mais carga
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É impressionante a capacidade do ser humano de guardar papel. Haja espaço, em casa ou no trabalho. Pensando nisso, Natureza Morta, em sua “caminhada” diária, de carro e com motorista particular, topou com jovens advogados sobraçando processos e mais processos. Depois, funcionários do Tribunal de Justiça empurrando carrinhos que lembravam supermercados, embora a mercadoria fosse outra. Igualmente preciosa, fundamental, indispensável. Pilhas e pilhas de processos. Mais adiante, um caminhãozinho do TJ recebia uma carga – sem trocadilho em cima dos nobres advogados – de processos. Destino: o arquivo. Ao mesmo tempo, as máquinas de xerox trabalhavam sem parar.

Mais papéis

Ao voltar para a mansão, enquanto Beronha, nosso anti-herói de plantão, encerrava outro tipo de caminhada (de boteco em boteco), o solitário da Vila Piroquinha imaginou que, às avessas, construímos diariamente uma Biblioteca de Alexandria.
Beronha, ainda ofegante, quis saber do que se tratava. Natureza explicou que foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Teve seu apogeu entre 290 a.C e 88 a.C, com cerca de 600 mil rolos de pergaminho, o equivalente a 120 mil livros. Por conta de incêndio, perdeu-se quase tudo.

Mais e mais

Hoje, como tudo passa a ser eletrônico, o Jornal da OAB Paraná abordou no mês de abril a Carta de Ponta Grossa, aprovada no 3º Colégio de Presidentes de Subseções, diretoria da OAB Paraná, Caixa de Assistência dos Advogados e representantes das 47 subseções. O documento pede cautela na implantação do processo eletrônico.
A cautela é para que não haja prejuízos para o efetivo acesso à Justiça. A preocupação decorre da rapidez com que os diferentes sistemas vêm sendo implantados no âmbito dos tribunais, “não deixando margem para que haja a coexistência do processo eletrônico e do processo físico em papel”. Na Carta, os advogados lembram que os sistemas ainda se encontram em fase de aperfeiçoamento e “as constantes adaptações geram grande risco de prejuízo às partes, aos advogados e à própria Justiça”.
O jeito é aguardar, anotando tudo no papel e na folhinha.

ENQUANTO ISSO…


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