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O musicômano, rockólatra e blues-maníaco Carlos Augusto Oliveira

Quem acompanha este canto de blogueiros já leu algo sobre o Carlão Oliveira, mano, colaborador, apreciador e conhecedor de música e produtor, locutor e executor do programa Encruzilhada – O Blues Sem Fronteiras, que vai ao ar pela Rádio Educativa FM todo sábado à meia-noite (ou domingo, zero hora). Pois o cara da foto aí de cima estará nesta terça-feira (19/06) proferindo palestra na Livrarias Curitiba, a partir das 19h30, sobre o assunto que mais gosta: música.

Dentro do projeto Ciclo de Música, Carlão falará sobre o tema “A Invasão Britânica: Quando o Blues Ganhou o Mundo”, na Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Estação e tem entrada franca.

Como todo mundo sabe, ou deveria saber, o blues nasceu nas margens do Rio Mississippi. “Mas para ganhar o mundo, o ritmo precisou fazer um estágio na Inglaterra e é esta a história que iremos contar”, diz Oliveira.

E ele mostra que os Beatles tiveram participação nessa “globalização” do blues. “Não que os Beatles tocassem blues ou fossem influenciados pelo ritmo, mas foram eles que abriram as portas da América para outros grupos britânicos, alguns deles com blues nas veias”, explica. Os Beatles excursionaram pela América pela primeira vez em 1964.

E segue o release

E, como continua a nos ensinar o Carlão. Na esteira dos The Beatles nomes como Kinks, Dave Clark Five, Herman’s Hermits, Gerry and Pacemakers, Searchers, Zombies, Animals e Rolling Stones foram tocar nos Estados Unidos e também conseguiram destaques nas rádios e tinham shows concorridos. Animals e Rolling Stones tinham um som fortemente influenciado pelo blues e fizeram muito sucesso na América.

“A partir da repercussão em solo americano as bandas britânicas também ganham o mundo e inspiram o surgimento de novos grupos. Com o sucesso desses bluesmen, os próprios tocadores do ritmo até então esquecidos ganham uma sobrevida e há o resgate de vários nomes como Muddy Waters, Howlin Wolf, John Lee Hooker e muitos outros”, comenta Oliveira.

Blues branco

Outro ponto que será abordado na palestra é o fato de que muitos jovens brancos ficaram fascinados pela música dos negros norte-americanos e começaram a utilizar seus acordes básicos para dar uma nova interpretação para letras que não falavam de seu dia-a-dia.

“Alguns destes jovens já não são mais lembrados, como Cyril Davies ou Alexis Korner, ambos falecidos. Outros se tornaram deuses imortais da música popular universal como Eric Clapton, John Mayall ou Jimmy Page. E até os Rolling Stones, a chamada ‘maior banda do mundo’ faz parte desta história”, finaliza o pesquisador.

Perfil

Carlos Augusto de Oliveira é musicômano, rockólatra e blues-maníaco. Esta “loucura” o levou a ser dono de lojas de discos durante a última década. E na tentativa de arrastar mais seres humanos para este abismo de insanidades, produziu e apresentou programas sobre blues, jazz e heavy metal nas FMs Estação Primeira, Alternativa e Paraná Educativa.

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