Vida Longa e Próspera ao Bicicletário Livre

Republicando aqui o que postei no Blog do Caderno G, da Gazeta do Povo. As belas fotos que mostram o clima do local são do camarada Silvio Lopes

Vida longa e próspera ao Bicicletário

Curitiba ocupou seus espaços com os shows da Virada Cultural. A cidade pulsando vida em locais que conhecem símbolos da morte, como o crack da Riachuelo e do setor histórico junto ao Largo da Ordem. Ponto para a cultura. E houve também, junto com a programação, mas criado de forma totalmente independente, outra ocupação cultural na cidade. Um local que esteve por muito tempo totalmente abandonado e tem sido, aos poucos, revitalizado por ações sociais e culturais. Trata-se do Bicicletário do Centro Cìvico, uma faixa de gramado que fica espremida entre o Palácio das Araucárias de um lado e o canal do Rio Belém do outro.

Pessoas que se reúnem em torno de ações cívico-sociais-urbanas como a Bicicletada e a Casinha há algum tempo vem fazendo atividades naquele ponto. Por fim, alguns artistas ao saberem da realização da Virada Cultural e não estando escalados para nenhum show oficial, decidiram juntar forças e fizeram do bicicletário seu palco. Com apoios da Rádio 91 Rock e do Estúdio Gramofone, foram dois dias de música num clima descontraído de muito som, paz, alegria e gente bonita.

No sábado, a ação começou com aula de yoga. As pessoas se espalharam pela grama, muitas crianças e curtiram uma “yoga familiar”. Depois, pelo palco se revezaram bandas como FélixBravo, Real Coletivo Dub, Coletivo Colina, Universo em Verso Livre, no sábado. No domingo, foram Manchinha Trio, Janaina Fellini, Grupo Serenô S.A., Locomotiva Duben e Molungo, além de ambientação sonora do competente e criativo DJ Dé Gomide.

Com toda a produção feita “às próprias custas”, o som não estava dos melhores, mas o espaço virou uma festa tão bonita que ninguém se importou muito com isso. Passei bons momentos ali, como em outro palcos bem mais produzidos desta virada cultural.

Sinceramente, espero que o Espaço Fora da Casinha – como foi chamada a ação – permaneça para sempre com o mesmo alto astral e boas bandas. Vida longa e próspera ao Bicicletário!

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