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Quando a ‘festa da firma’ não agrada mais
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Confraternizações de fim de ano: tem gente que ama; outros, contudo, as odeiam. Seja qual for o seu grupo, elas são uma realidade no mercado de trabalho, quer você queira, ou não. Aliás, quando iniciamos o trabalho em qualquer empresa, é implícito que teremos que nos relacionar com as pessoas, faz parte do pacote.  A questão neste contexto é ter habilidade para lidar com a situação. Para aqueles que gostam de uma festa, nada a acrescentar, apenas o velho conselho para não exagerar.

Porém, se você está no grupo dos profissionais que não suportam ou não fazem questão de participar de confraternizações, temos que tomar cuidado. Levantei esse tema porque dia desses escutei de um profissional que ele estava de ‘saco cheio’ das confraternizações de fim de ano. “Bernt, estou convencido de que não participarei da ‘festa da firma’ neste ano. Acho tudo isso uma hipocrisia entre colegas e ainda por cima é uma extensão do meu horário de trabalho”, desabafou o rapaz.

Confesso que fiquei surpreso com sua franqueza, mas também sei que muita gente pensa assim. Então vou compartilhar os principais pontos dessa conversa que tive com este profissional. No final das contas ele prometeu repensar.

Devo ou não participar da ‘festa da firma?

Papo reto: sim! Porém não precisa ser do começo ao fim. Vá até o local, converse com as pessoas que você gosta. Não precisa ficar em grupos que, eventualmente você não tem afinidade. Dê um aperto de mão nas pessoas que organizaram o evento, parabenize-as, pois certamente elas fizeram aquilo com carinho. Durante sua permanência, também cumprimente seus superiores. Isso é de bom tom e mostra que você é uma pessoa que reconhece o esforço da empresa em juntar colaboradores em um único momento para dividir as alegrias do ano que passou.

Agora, se sua decisão for por não ir mesmo, sem um motivo plausível, então não reclame depois se você ficar rotulado como um profissional que não gosta de estar em momento descontraído com colegas. Uma boa iniciativa é falar com o seu superior, de forma amigável, o que desagrada nas confraternizações, como forma de poder contribuir para que as próximas possam ser melhores. Vale ainda uma autoavaliação, ou seja, se aquela equipe ainda realmente é o time o qual você deseja estar.

Lembro a você que, nenhuma empresa faz uma festa de fim de ano sem um propósito. Ela deseja sim uma confraternização. A empresa está investindo tempo, energia e dinheiro para aquele momento. Então não se pode dizer que tudo é um grande circo. Às vezes têm empresas que exageram em discursos ou algo do gênero, mas nada que não se possa suportar.

Então devo participar do amigo secreto?

Não! Neste caso não vejo problema em recusar esse convite. Esta ação é diferente da confraternização como um todo. O amigo secreto é algo mais pessoal, há um certo tempo necessário para desvendar o que deseja o colega que você sorteou, é preciso tempo para comprar o presente, a questão financeira envolvida, a exposição na hora da revelação que muitos não gostam e não querem passar. Enfim, fique bem à vontade em recusar. Você tem bons argumentos.

Contudo, lembre-se sempre que, quem está organizando qualquer evento dentro de uma empresa, por si só, está ocupado com o sucesso e o bem-estar dos convidados – os colaboradores. Para muitas corporações esse é um dos poucos momentos os quais, muitos colegas conseguem se ver ao longo do ano. Então, não julgue por baixo. Pense, acima de tudo pelo lado positivo da iniciativa e Boas Festas!

Bernt Entschev é conselheiro da AHK Câmara Brasil – Alemanha

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