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Teatro e Literatura
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A peça Exposição em cartaz até 26 de agosto no Novelas Curitiba, DE GRAÇA merece nossa atenção.

Vou publicar aqui a resenha na próxima quarta, mas queria pensar algumas coisas até lá.

Bricolagem é um termo que tem me atazanado desde que li uma resenha no Jornal Rascunho..

Segundo meu dicionário, bricolagem é um trabalho ou conjunto de trabalhos manuais ou de artesanato.

Divulgação
O cartaz da peça

A resenha escrita por Luiz Paulo Faccioli trata da novela “A Vida Obscena de Anton Blau”, escrita por Maria Cecília Gomes dos Reis.

Segundo Luiz Paulo Faccioli, o termo bricolagem, vai além da significação do dicionário, é usado na antropologia de Claude Levi Strauss.

Levi Strauss descreve o termo bricolagem como ação espontânea relacionada ao pensamento não científico.

No caso, as mitologias.

Leco de Souza

As mitologias teriam por função servir de eufemismo, substituir termos ou temáticas constrangedoras e demasiado traumáticas para serem pronunciadas de maneira direta.

As mitologias, portanto, serviam de metáfora para determinados temas, como o ato sexual, na Grécia Antiga.

Estas metáforas substituiam a temática, explicando-a e explorando seu conteúdo sem causar constrangimento.

E se Exposição for uma bricolagem que nos serve várias metáforas para pensar o traumático?

Uma peça que passasse uma hora e vinte xingando a platéia não teria todo o efeito que se conseguiu através das metáforas de Exposição.

Não quero me prolongar muito, mas abrir algumas questões.

A resenha está ali prestes a ser publicada, mas nela não cabe tudo o que a peça apresenta.

Isto porque a peça cria várias pequenas mitologias, é bricolagem de tanta coisa a refletir que temos de fazê-lo em dois insuficientes post.

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