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O herói que lutou sozinho para mostrar o Holodomor ao mundo
| Foto: wikimedia commons

Como vimos na coluna anterior, comunistas têm usado como fonte para seu negacionismo histórico um senhor chamado Douglas Tottle, um fotógrafo comunista (surpresos?), como principal fonte de estudo para negar o holodomor. O argumento se baseia puramente no fato de ser uma “propaganda nazista”.

Sim, se você acha que é um argumento porco e pernicioso, você está certo! A razão é muito simples: existem centenas de estudos novos e atualizados nos últimos 30 anos que enterram essa balela de “propaganda nazista”. Vamos apenas dar ao diabo seu mérito: basicamente o Douglas Tottle teve um ponto relevante nesse “livreco”: mostrar que algumas fotos que estavam sendo divulgadas nos jornais não eram da fome de 30, mas da fome de 20. Palmas para ele! Fora isso, o resto do livro dele, é resto! Aliás, por que alguém precisaria citar as matérias de Hearst e Walker, se os ucranianos e a humanidade já têm um herói que mostrou o Holodomor para o mundo de verdade? Senhoras e senhores, saúdem o irlandês fofo mais determinado conhecido como Gareth Jones.

Ele fez três viagens pessoalmente à União Soviética entre 1932 e 1933, principalmente na Ucrânia fazendo o primeiro estudo de história social sobre o Holodomor, coletando testemunhos, analisando documentos, tirando fotos. Ele foi o único jornalista que teve coragem de denunciar o Holodomor colocando seu próprio nome nas matérias, e curiosamente, 5 anos depois ele foi assassinado. Aliás, por que será que os comunistas não falam de Gareth Jones, será que é por que ele fala verdades demais e não tem como dizer que ele era nazista? Esse cara deve ser considerado um herói porque ele é uma das principais fontes primárias e um dos primeiros a documentar o Holodomor com sua experiência jornalística. A gente pode dizer que ele foi a única voz dos ucranianos que estavam calados naquele cerco comunista insuportável.

Gareth Jones derrotou sozinho as mentiras da União Soviética que escondia e negava a fome ao mundo: é um herói senhoras e senhores, um herói que deve ser lembrado!

E aqui na capa da coluna nós vemos o legado dele: as lendárias matérias publicadas no Western mail & South Wales News em 1933: podemos ler uma das matérias com o título “Rússia morrendo de fome” e o subtítulo “fome mortífera testemunhada pelo ex-conselheiro do primeiro-ministro Lloyd George.” E aqui ele registra relatos de camponeses que se tornaram mendigos e a situação desesperadora do campo. E em outro artigo ele tem um título ainda mais agressivo “Fome domina a Rússia”, e no subtítulo ele diz que “o plano quinquenal de Stalin matou o suprimento de pão.” Mais abaixo nesse artigo diz que ele viajou a pé pela União Soviética e que fala russo fluentemente e aqui ele conta a terrível história que os camponeses o contaram. E no final do artigo ele mostra uma foto de crianças mendigas em Moscou, enviadas pelos pais camponeses para mendigar na cidade.

Curiosamente, ele é sequestrado e morto em 1935 na região da Mongólia ocupada pelo Japão. Então conheçam e louvem o legado deste homem que derrotou sozinho as mentiras da União Soviética que escondia e negava a fome ao mundo: ele é um herói senhoras e senhores, um herói que deve ser lembrado!

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